segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O recomeço: Cap 14

POV. Arthur:
Não sei quem naquela casa estava mais fora de si, Mel que fez esse escândalo completamente desnecessário, ela poderia deixar de ser criança e enfrentar de cabeça erguida, não vou negar que se ela tivesse feito tudo isso a alguns anos atrás eu teria ficado do lado dela, até porque eu demorei bastante tempo pra aceitar que Lua não tinha culpa de nada. Ou Lua que estava pensando em voltar pra Califórnia, mas vai ficar apenas no pensamento, não sei por que ainda, mas não vou a deixar sair daqui.
Lua: Não quero mais ficar aqui, ela conseguiu arruinar o meu dia, talvez o meu ano todo. – Ela disse ainda aos prantos, a vê chorar me dava raiva, muito raiva. –
Arthur: Você não pode voltar ta ouvindo? Não pode.
Lua: Dê-me um bom motivo? Uma das minhas melhores amigas me odeia e no momento eu também a odeio, acho que você não vai conseguir encontrar um bom motivo que me faça ficar. - Ela disse saindo da cozinha indo a caminho do meu quarto. Eu simplesmente a segui enquanto procurava um bom motivo pra a fazer ficar. –
Arthur: Eu não sei se é um bom motivo mais... – Engoli seco, ela virou e ficou me encarando firmemente. –
Arthur: Se você for... Eu... Eu vou sentir sua falta. – Ela arregalou os olhos espantada e assim ficou por algum tempo até passa as mãos nos cabelos e sentar em minha cama. –
Lua: Ok, você me convenceu.
Arthur: Serio? – Agora quem estava espantado era eu, nunca pude imaginar que o fato deu sentir sua falta fosse ser um bom motivo pra que ela não fosse, na verdade eu esperava ouvir: “Foda-se, não me importo se vai ou não sentir minha falta.” Ou algo do tipo. –
Lua: É, serio. Eu não quero ter que agüentar você entrando em depressão por minha causa. – Ela disse rindo. –
Arthur: Ah... É bom mesmo por que você iria ter que pagar meu tratamento e esse tratamento é bem caro.
Lua: E como você sabe? Já entrou em depressão por acaso?
Arthur: Depressão não, mas quase isso. – Ela desmanchou o sorriso e olhou pra baixo. –
Lua: O dia mal começou e já esta sendo péssimo. – Ela disse deixando uma lagrima cair. -
Arthur: Posso te fazer uma pergunta? – Ela apenas assentiu com a cabeça. –
Arthur: Porque você não me disse que sabia que seu pai era o responsável pelo acidente? – Ela soltou uma risadinha e me olhou. –
Lua: Não queria destruir a imagem de “menina boba” que você tinha de mim.
Arthur: Ein?
Lua: Qual é? Eu sei que esse tempo todo ou pelo menos o tempo todo antes deu voltar, eu sei que você me via como uma tolinha, que mal imaginava o que o pai tinha feito. Você achava que eu era tão ingênua e tão conformada quanto a Mel.
Arthur: É, eu achava isso.
Lua: E eu também sei que você me fez tudo àquilo porque também achava que era minha culpa.
Arthur: E porque você me perdoou? Eu estava tão errado quanto a Mel.
Lua: Você não foi meu amigo por anos, e por mais que tenha me feito muito mal você não desrespeitou a memória do meu pai. E eu agradeço muito por isso. – Ela disse chorosa. –
Arthur: Não me agradeça, também não o fiz de santo.
Lua: Ainda bem, ele não era. Mas ele também não era o desgraçado que a Mel o pintou.
Arthur: Eu sei Lua, eu sei. Seu pai foi o irmão que meu pai nunca teve. – Abaixei a cabeça, de repente bateu uma culpa insuportável, aonde quer que meu pai esteja ele deve estar muito desapontado comigo, e eu pensando que estava vingando sua morte. Nunca poderia está tão errado. –
Lua: Pensei que a triste aqui era eu.
Arthur: Também.
Lua: O que houve?
Arthur: Nada... É só que, eu me lembrei de como os nossos pais eram felizes juntos, eles eram como o quarteto fantástico, se davam tão bem.
Lua: É verdade, mas porque você ficou mal? São boas lembranças.
Arthur: É mais eu me lembrei de como meu pai deve está decepcionado comigo, eu sempre pensei que estava vingando a sua morte fazendo aquelas coisas com você, mas meu pai era louco por você Lua, ele nunca permitiria algo assim.
Lua: Eu sinto muita falta deles. – Ela desabou e juro que a minha vontade era de pegar embalo e chorar até meu poço de lagrimas secar, mas alguém tinha que se manter forte. –
Arthur: Daqui a duas semanas fazem 13 anos.
Lua: Eu sei. E mesmo depois de 13 anos ainda dói como se fosse 13 minutos.
Arthur: A vida é tão injusta. – Eu disse já não contendo as lagrimas. –
Lua: Eu preciso falar com alguma das meninas. – Ela disse limpando os olhos e mudando completamente de assunto. Era melhor, já bastava de tristeza por hoje. –
Arthur: Eu não acho necessário.
Lua: Serio? Eu preciso perguntar em que casa eu posso ficar e...
Arthur: Você vai ficar aqui Lua.
Lua: Que? Nada disso, não seja teimoso.
Arthur: Eu? Você que é, qual o problema de nós sermos colegas de quarto por apenas três meses?
Lua: Eu acho que você devia entrar pro circo, de verdade você é muito engraçado.
Arthur: Eu to falando serio. Hoje nós dividimos a cama e não foi tão ruim assim, já provei pra você que não sou nenhum tarado.
Lua: Antes fosse por isso. Eu não quero ter que esbarrar com a sua irmã.
Arthur: Você prefere dormir com um tarado a vê a Mel? Eu sei que ela é feia mais não exagera. – Disse rindo e ela gargalhou. –
Lua: Você é muito idiota.
Arthur: Antes idiota do que tarado.
Lua: Essa conversa toda é pra tentar me convencer a dividir o quarto ou que você não é tarado?
Arthur: As duas coisas.
Lua: A parte do tarado eu ainda tenho minhas duvidas.
Arthur: Mas e a parte do colega de quarto?
Lua: Acho que você daria um ótimo comerciante.
Arthur: Isso quer dizer que você aceita?
Lua: É, mas antes a gente vai ter que dá um jeito nessa zona.
Arthur: Ok né, fazer o que colega de quarto? – Ela colocou uma mexa de cabelo atrás da orelha e soltou um sorriso bobo. Meu Deus, como ela é linda. -

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