terça-feira, 30 de julho de 2013

O recomeço: Cap 11

Narradora Observadora:
Já era noite e desde que haviam voltado do passeio Lua estava jogada no sofá assistindo TV, Arthur estava sentado na mesa de jantar estudando, ele cursava Biomedicina e mesmo de férias ele tinha que estudar se quisesse passar.
Lua: AIII QUE TÉDIOOOO. – Ela gritou e ele levou um susto. –
Lua: Desculpa você ta estudando né?
Arthur: Aham, mais não tem problema não. Já to acabando aqui.
Lua: Falando nisso tenho que fazer minha transferência.
Arthur: Você fazia faculdade naquela Brasileira que tem lá né?
Lua: Aham, eu queria fazer uma de lá mesmo só que seria muito difícil fazer a transferência.
Arthur: Psicologia né?
Lua: Isso mesmo. Eu ia fazer biomedicina acredita?
Arthur: E porque não fez?
Lua: Eu desisti, não fazia muito o meu estilo.
Arthur: Ah, ok. Acho que por hoje esta bom. – Ele disse fechando o livro. –
Lua: O que a gente vai fazer?
Artur: Não sei. Cadê aqueles trastes que disseram que vinham pra cá há quase duas horas e ainda não chegaram?
Lua: Não sei, a Mel ainda ta no quarto?
Arthur: Acho que sim, ela nem falou com a minha mãe quando ela chegou.
Lua: Falando na sua mãe ela ainda ta dormindo?
Arthur: Aham, mais tarde ela tem plantão de novo.
Lua: Minha mãe disse que vai depositar dinheiro na minha conta pra comprar as mobílias lá de casa.
Arthur: Porque a pressa? Não é melhor esperar ela voltar?
Lua: Não, eu quero ficar em casa sabe? Eu briguei com a Mel e...
Arthur: Isso não tem nada haver Lua...
Lua: Tem sim, claro que tem. A Mel ta realmente muito chateada e eu não vou pedir desculpas então isso vai durar um tempo.
Arthur: Ta, mas o que isso tem haver com você ficar ou não aqui?
Lua: Eu vou ficar na casa da minha amiga sendo que ela não me quer aqui?
Arthur: A gente é amigo certo? E eu quero você aqui. Eu mando mais nessa casa do que ela Lua.
Lua: Você me quer aqui? – Ela disse olhando no fundo dos olhos dele, ele ficou sem jeito e levantou, chegando bem perto dela. –
Arthur: Sabe aquela conversa de sermos amigos e tudo mais?
Lua: Sei...
Arthur: Vai ter que começar amanhã... – Ele disse antes de encostar ela na parede e beijá-la como nunca ninguém havia a beijado, os corpos colados as mãos dela bagunçando os cabelos da nuca dele, as dele pousava no rosto dela e em sua cintura, as línguas afoitas se enroscavam, o beijo foi longo, calmo e desesperado ao mesmo tempo o apartaram com selinhos demorados. Continuaram próximos por certos estantes, até Lua ouvi vozes e se afastar bruscamente de Arthur. –
Laura: Iaiiiii, o que vamos fazer de bom hoje? – Ela disse entrando na casa sem nem ao menos bater, junto dela estava Sophia e Chay. Lua e Arthur continuaram calados. –
Chay: O que aconteceu?
Arthur: N-Nada.
Sophia: Nada mesmo?
Arthur: Nada.
Chay: Diz alguma coisa Lua.
Lua: Eu... Preciso ir ao banheiro, já volto. – Ela entrou depressa no quarto de Arthur e lá se trancou. –
POV Lua:
Louca, eu só posso está louca, meu Deus. Eu beijei o Arthur, o A-r-t-h-u-r, porque meu Deus? Como uma loucura dessas pode ter acontecido? Não, isso estava errado, ele era irmão da minha melhor amiga e ele era... O Arthur, eu tinha perdoado mais não nesse nível, era demais pra mim, ou seriamos apenas amigos ou... Nada.
Voltei pra sala mais sã, queria me divertir nessas férias e não passar por coisas complicadas e definitivamente aquilo era mais complicado do que deveria ser.
Sophia: O que foi aquilo?
Lua: Eu tava apertada, só isso.
Chay: Ok, o que vamos fazer?
Lua: Eu não sei.
Sophia: Balada?
Laura: Não...
Chay: É, vamos ver um filme?
Laura: Pode ser.
Lua: A gente pode passar em algum restaurante antes né?
Sophia: Por favor, to morrendo de fome.
Chay: Partiu?
Arthur: E o Mica?
Laura: A gente passa na casa dele no caminho.
Sophia: Gente e a Mel?
Lua: Eu vou chamar. – Fui até o quarto dela e simplesmente entrei,já tinha ido longe demais essa briga. –
Lua: A gente ta indo a um restaurante e depois vamos assistir um filme aqui, você vem?
Mel: Não.
Lua: Serio Mel?
Mel: Não quero ir, me deixa em paz Lua.
Lua: Ok, você que sabe. – Sai do quarto dela e voltei pra sala. –
Lua: Ela não quis vir.
Sophia: O que a gente faz?
Laura: Nada ué, ela não quis...

Lua: É gente vamos logo. – Entramos no elevador e passamos rápido na casa de Mica e descemos pra garagem, o grupo se dividiu Laura e Mica foram no carro dele e Eu, Chay e Sophia fomos no carro de Arthur, Chay foi na frente o que era ótimo, mesmo que eu tivesse sentido o olhar do Arthur sobre mim o caminho todo. A gente tinha que resolver isso, esse clima não podia continuar. -

domingo, 28 de julho de 2013

O recomeço: Cap 10

Narradora Observadora:
A mão dele repousava sobre o rosto dela, as respirações de ambos denunciavam a tensão por causa daquele possível ato insano. Os olhos já fechados, os lábios entre abertos se roçando e esperando por um ato de coragem, Lua colocou as mãos no pescoço dele praticamente pedindo por aquele beijo.
Laura: LUAAAA VEM LOGOOO! – Lua pulou da cama de Arthur, mais precisamente falando ela pulou dos braços dele assustada. –
Lua: Ér... Eu... Eu... É melhor a gente ir. – Quase que Lua não conseguia reproduzir tal frase. Arthur apenas concordou e os dois foram pra sala. –
Laura: Vocês demoraram.
Arthur: Ela precisou se esforçar pra me convencer a vim.
Chay: Tão orgulhoso esse menino.
Sophia: Você ta bem Lu?
Lua: Eu? – Ela disse assustada. –
Sophia: É você ta vermelha.
Lua: É o calor, ta muito quente aqui...
Mica: Sempre né? Não vejo à hora do inverno chegar.
Chay: Ok garotas e garotos do tempo. Vamos comer agora?
Laura: E a Mel?
Sophia: Ela não quis. – Ninguém disse nada, apenas sentaram e almoçaram todos em silêncio. Revezaram-se pra lavar a louça e depois os quatro foram embora. A mãe de Laura havia lhe chamado então decidiram ir todos juntos. Lua foi até o quarto de Mel, bateu na porta e disse que queria tomar banho, a mesma apenas abriu a porta sem dizer nada, Lua pegou tudo que iria usar e entrou no banheiro de Mel. Arthur também tratou de tomar banho, mesmo que fosse com água fria, na verdade nesse momento era exatamente o que ele precisava, de um banho frio pra colocar tudo no lugar. Lua se arrumou já que pretendia dar uma volta, tomar um ar, entender toda aquela confusão que tinha dentro dela.

Pegou o secador e foi até o quarto de Arthur, bateu na porta e ele gritou que ela poderia entrar. –
Lua: Eu queria secar meu cabelo no seu banheiro, posso?
Arthur: Claro... Ér, você vai sair?
Lua: Aham. – Ela disse alto do banheiro já com o secador ligado, ele foi até a porta e ficou apenas a fitando. –
Lua: Que foi? – Ela disse o olhando pelo espelho. –
Arthur: Nada... Você quer que eu te deixe?
Lua: Não precisa, eu quero andar um pouco, tomar um ar.             
Arthur: Quer companhia? – Ela virou pra o olhar diretamente em seus olhos, ficaram se olhando por longos minutos até ele dá um passo em direção a ela e ela voltar a olhar pro espelho e secar seu cabelo. –
Lua: É, pode ser.
Arthur: Ok. – Ele disse saindo do banheiro, ela terminou de secar o cabelo, guardou o secador na mala e pegou a bolsa. –
Lua: Vamos? – Ela disse na porta do quarto dele. –
Arthur: Vamos ao calçadão?
Lua: É longe.
Arthur: Pra isso serve o meu carro.
Lua: Ah é, esqueci que você é mais velho.
Arthur: Você já pode tirar a carteira de motorista. Se quiser eu até posso te ensinar.
Lua: É, ia ser uma boa. – Ele sorriu e ela ficou sem jeito. –
Chegando ao calçadão. Ele estacionou o carro e os dois desceram.
Lua: Saudade disso. – Ela disse parada, sentindo o cheirinho do mar. –
Arthur: A praia da Califórnia não matava um pouco sua saudade?
Lua: Não tem nem comparação, o sol não é forte desse jeito, a areia é diferente, o mar é diferente, é tudo diferente. Não tem cheirinho de casa sabe? De lar.
Arthur: É isso é uma das coisas que eu nunca vou entender.
Lua: É bom conhecer pessoas novas, lugar novo. Mas não tem nada melhor do que ficar na sua cidade, com as pessoas que você ama em volta. – Ela disse ainda olhando o mar. –
Arthur: Você quer um sorvete? – Ele disse apontando a um quiosque que estava bem do seu lado. –
Lua: De morango, por favor. – Ele sorriu e foi até o quiosque, ela sentou em um banco e ficou observando ele de longe. Era estranho pra ela, pra ela ele sempre seria frio, inconsequente  durão, e triste. Ultimamente ele estava mudando tudo dentro dela, todas as certezas que ela tinha sobre ele estavam virando incertezas e isso a deixava muito confusa. –
Arthur: Aqui. – Ele sentou ao seu lado e lhe entregou o copinho com uma bola de sorvete. Ela o sorriu agradecida e voltou a encarar o mar. –
Lua: Por quê? Porque isso agora? – Ele se espantou com a pergunta, mesmo que no fundo ele soubesse que desde que ela havia encarado o mar só estava procurando palavras certas de tocar no assunto insano. –
Arthur: Eu não sei.
Lua: Você tem que saber algum de nós dois tem que saber. Você tem noção da confusão que está minha cabeça?
Arthur: Se algum de nós sabe, não sou eu.
Lua: Eu acho... Que deve ter sido... Sei lá o que deve ter sido, só não pode acontecer de novo, você entende né?
Arthur: Na verdade não.
Lua: É complicado Arthur, tem a Mel e...
Arthur: Ah, a Mel.
Lua: Ela é minha amiga Arthur, mesmo eu não concordando com o que ela fez ela continua sendo minha amiga e...
Arthur: Lua, ta certo. Eu entendi ok?
Lua: Não precisa ficar bravo, a gente pode ser amigos. Nós somos amigos, certo?
Arthur: É, ok. Foi um erro mesmo. – Ela sorriu e o abraçou. –
Lua: Não pense que tem alguma coisa haver com aquilo, pra mim não existe mais isso ok? Eu só não quero misturar as coisas.
Arthur: Você ta certa Lua, não devemos misturar mesmo. – Eles se separaram do abraço e levantaram dando mais uma volta pelo calçadão e conversando normalmente. Não iria ser difícil manter a amizade, tudo aconteceu muito rápido e deixou de acontecer na hora certa. Pelo menos era isso que eles achavam.

sábado, 27 de julho de 2013

O Recomeço: Cap 09

POV. Arthur:
Acordei com uma dor de cabeça infernal, sentei na cama e pude ver Lua dormindo serenamente sobre minha cama, como eu pude ser tão imbecil? Como eu pude um dia machucar um ser tão delicado e lindo como ela? Eu sou mesmo um idiota. Fiquei a observando por mais alguns estantes, coloquei uma roupa no objetivo de ir à farmácia, na sala encontrei Mel preparando uma tigela de cereal com leite apenas de calcinha e sutiã.
Arthur: Bom dia. – Ela apenas me encarou e voltou a olhar pro cereal. –
Arthur: Eu vou à farmácia, quer alguma coisa de lá?
Mel: Um remédio pra dor de cabeça seria útil.
Arthur: Ok e vê se coloca uma roupa antes dos meninos acordarem. – Disse autoritário. –
Mel: Você não manda em mim.
Arthur: Infelizmente eu sou mais velho, e você sabe o que a mamãe diz, quando ela não está quem manda nessa porra sou eu. – Fui grosso, estava cansando das birras dela, ok eu errei, errei feio, mas a única coisa que eu poderia fazer era pedir perdão, ela não quis aceitar então vai ter que conviver com o pior de mim. –
Mel: Vá pro inferno.
Arthur: Eu vou. – Sai e a deixei resmungando com as paredes, fui à farmácia comprei os remédios e voltei pra casa, a encontrei sentada na mesa ainda comendo seu cereal, agora devidamente vestida. Joguei o remédio que ela havia me pedido sobre a mesa e fui até cozinha, tomei o remédio e peguei um copo de água pra Lua tomar quando acordasse, voltei pro meu quarto e a encontrei sentada na cama, com as mãos apoiadas na cabeça. -
Arthur: Ressaca?
Lua: Demais.
Arthur: Toma. – Entreguei o remédio e a água e ela me sorriu agradecida. –
Lua: Que horas são?
Arthur: Quase duas da tarde.
Lua: Caralho, eu preciso almoçar.
Arthur: Precisa?
Lua: O segredo de emagrecer é não pular as refeições, já não tomei café. – Ela disse de pé. -
Arthur: Você quer emagrecer mais? – Eu disse encarando seu corpo lindo, acho que lindo demais pra eu conseguir me segurar por três meses. –
Lua: Não, manter.
Arthur: Eu posso ajudar a preparar algo. – Eu disse ainda a olhando feito um bobo. –
Lua: Obrigada, mas antes eu acho melhor eu me vesti. – Ela saiu do quarto indo em direção ao de Mel aonde Sophia ainda dormia. Ela apareceu na porta alguns minutos depois usando um macacão preto, justo, curto e com um decote maravilhoso. –

Lua: Vamos?
Arthur: Ér, sim. – Levantei e a gente foi até a cozinha aonde Mel lavava a tigela do cereal que tinha comido. –
Lua: Bom dia, vadia. – Ela disse a abraçando por trás e dando-lhe um beijo no rosto, me surpreendia com os carinhos das duas. Na verdade com o carinho de todos nós. –
Mel: Boa tarde né.
Lua: Verdade.
Arthur: Bom, o que nós vamos fazer?
Lua: Não sei o que você quer almoçar Melzinha?
Mel: O Arthur vai cozinhar? Prefiro nem comer.
Arthur: Vai pro inferno.
Mel: Se tem alguém que vai pro inferno aqui, não sou eu.
Arthur: Pode até ser que eu vá pro inferno, mas com certeza você vai junto por ser incrivelmente insuportável.
Mel: Ah serio? Eu acho que meus pecados ficam pequenos perto de um cara que espancou a própria mãe.
Arthur: Quer saber? Eu cansei. Cansei de aguentar você pisando em mim, cansei de todos os dias você esfregar na minha cara o meu erro, cansei das suas birras de menina mimada e imatura, o que eu podia fazer eu fiz, que era pedir perdão, não quer aceitar FODA-SE eu quero mais é que você vá PRA PUTA QUE PARIU e me deixe em paz, eu CANSEI DE TE ATURAR. – Sai pisando forte e bati a porta do meu quarto com toda a minha força. –
Narradora Observadora:
A gritaria dos dois acordou todos, Chay observava tudo sentado na rede, Laura e Mica em pé próximo ao sofá e Sophia da entrada do corredor. –
Mel: Engraçado que ele fala como se estivesse coberto de razão.
Lua: Eu não vou me meter.
Mel: Como assim? Você ta defendendo é isso?
Lua: Eu to na minha.
Mel: Fala, eu quero saber. Você acha que ele ta certo?
Laura: Gente vamos nos acalmar.
Lua: Eu to calma, que me parece nervosa é ela.
Mel: EU TO PERGUNTANDO PORRA, RESPONDE.
Lua: ABAIXA O TOM. – Ela disse indo pra cima dela e Chay apartou. –
Chay: Calma, já num basta de briga?
Lua: Quer saber? Eu acho sim que ele ta certo.
Laura: Lu...
Lua: Na verdade, eu acho que todo mundo aqui acha que ele ta certo. Pelo amor de Deus, você não percebe o quanto o TEU IRMÃO ta sofrendo? Você não percebe que cada patada que você da nele é como se fosse uma facada no peito? Você não nota o quanto a culpa o fere?
Mel: É pouco, ele merece mais. Você não viu o que eu vi, você não estava aqui quando minha mãe passou 2 semanas internada por causa daquele idiota.
Lua: Ta mais iai? Você acha que por causa disso ele merece ser crucificado pra sempre? Ele ta pagando pelo erro dele Mel, você acha que ele não se sentiu mal? Você acha que ele não sofre por uma coisa que ele fez praticamente INCONCIENTE?
Mel: EU NÃO VOU FICAR AQUI OUVINDO VOCÊ DEFENDER AQUELE INFELIZ.
Lua: Errado, você não quer ficar aqui pra ouvir a VERDADE.
Chay: Gente, ta bom, por favor.
Lua: Eu tava quieta.
Mel: VOCÊS SÃO MEUS AMIGOS, DEVIAM ME APOIAR.
Sophia: Não é assim Mel.
Laura: É Mel, amigo é pra essas coisas, quando um erra o outro tem que dizer onde está errado pra poder concertar. Não é porque a gente não está passando a mão na sua cabeça que a gente deixou de ser seus amigos.
Mica: É, Mel. Queira você ou não, dessa vez você errou.
Lua: Só dessa? Quantas vezes você acha que o Arthur se sentiu assim? Foi só a gota d’água.
Mel: MAIS QUE MERDA, PORQUE VOCÊ TA DEFENDENDO TANTO ELE CARALHO?
Lua: PORQUE EU SEI, EU ENTENDO A DOR QUE ELE SENTIU. NÓS ERAMOS DUAS CRIANÇAS QUE NÃO ESTAVAM ENTENDENDO PORRA NENHUMA DO QUE ESTAVA ACONTECENDO, E ELE TEVE QUE AGUENTAR TUDO SOZINHO, ELE NÃO TINHA NINGUÉM PRA CHORAR NO COLO, NINGUÉM PRA DIZER QUE IA FICAR TUDO BEM QUANDO AQUELE MALDITO ACIDENTE ACONTECEU. Você não entende nem uma vírgula da dor dele. – Ela disse segurando o choro. Era estranho pra ela defender ele daquele jeito, porém ela nunca seria injusta com ninguém, nem que esse alguém a devesse muito. -
Mel: Ótimo, ele é o mocinho e eu a vilã. – Ela disse batendo palmas e após dizer a frase saiu pisando forte até o seu quarto. –
Lua: Se ela ta pensando que eu vou pedir desculpas, ela ta muito enganada.
Laura: Tudo vai se resolver, você vai vê.
Chay: É melhor eu ir falar com ele.
Sophia: Ele deve ta precisando ficar sozinho.
Lua: Vamos fazer logo esse almoço que eu to com fome. – Eles trataram de fazer o almoço e Lua foi chamá-lo no quarto. –
Lua: O almoço ta pronto. – Ela disse depois de bater e entrar no quarto. –
Arthur: Perdi a fome.
Lua: Serio? Ah, Arthur eu nem deveria me meter nisso. Mais depois da briga com a Mel eu já estou mais que metida então eu acho que você não deve abaixar a cabeça sabe? Uma hora a fixa dela vai cair e ela vai perceber o quanto te machucou.
Arthur: Porque você me defendeu? – Ele a olhou nos olhos e os dois ficaram um tempo assim, só se olhando antes dela dizer algo. -
Lua: Eu, eu acho que não sei te responder isso.
Arthur: Por quê? – Ele disse sentando bem pertinho dela. A fazendo ficar tensa. –
Lua: Por que... Eu... Eu não consigo explicar algo que nem eu consigo entender. – Ele aproximou o rosto do dela e pegou em sua mão. –
Arthur: Obrigada mesmo assim.
Lua: Ér, ér... De nada. – Ele aproximou o rosto do dela mais ainda, fazendo com que suas bocas ficassem a milímetros de distancia. –
Arthur: Eu acho que eu vou te beijar.
Lua: Isso seria insano.
Arthur: Talvez. – Eles continuaram ali, praticamente colados apenas esperando a coragem de tomar uma atitude tão... Tão... Insana. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O recomeço: Cap 08

Narradora Observadora:
Assim que voltaram pra festa receberam de longe o olhar curioso dos amigos, se aproximaram e todos ficaram apenas observando.
Lua: Que foi gente? Credo...
Laura: Vocês... Estão de boa?
Arthur: É.
Lua: É a gente decidiu deixar o passado no passado. Vamos ser todos amigos pra sempre YEAAAH. – Ela disse animada e todos riram. Exceto Mel. –
Sophia: Você ta bêbada?
Lua: Ainda não. Quem vai comigo no bar?
Chay: A gente acabou de sair de lá.
Lua: Ok, né. Ingratos.
Arthur: Eu vou com você, se você quiser é claro.
Lua: Claro, vamos. – Ela o pegou pelo braço e eles foram até o bar, enquanto eles andavam os outros cinco apenas observavam assustados. –
Lua: Eu quero duas tequilas, por favor. – Ela disse ao barman, a festa tinha sido organizada de ultima hora mais pelo menos a parte de bebidas tinha se saído melhor do que a encomenda. Sorte deles Sophia ter um primo dono de uma empresa de bar pra festas. –
Arthur: Não, é melhor eu não beber.
Lua: Qual é? Não vai acontecer nada demais, o máximo que pode acontecer é você ficar bêbado. E esse é o objetivo certo?
Arthur: Eu to começando a achar que a Sophia não estava tão errada em perguntar se você estava bêbada. – Antes que ela pudesse falar algo o barman os serviu. Eles prepararam o limão e os sais nas mãos se entreolharam e viraram a dose. -
Lua: Mais uma rodada. – Ela disse assim que bateu o copo na mesa. –
Arthur: Lua, eu não posso beber.
Lua: Por quê? Você é maior de idade não é?
Arthur: Não é por isso, você sabe.
Lua: Isso só aconteceria se tivesse algum motivo pra você ficar com raiva e eu tenho quase certeza que não vai haver. – Eles tomaram outra dose e mais outra, Lua já estava bem tonta. Sim, além de a tequila ser uma bebida extremamente forte, Lua era um pouco fraca pra beber. Eles pediram dois copos de vodka com refrigerante e voltaram pra onde os amigos estavam. –
Lua: Quem quer dançar? – Ela disse assim que chegou perto deles. –
Laura: Se você conseguir convencer essas duas, faz uma hora que eu imploro pra gente ir mais elas se recusam.
Lua: Qual é? Como vocês querem arranjar peguete assim?
Sophia: E o que tem haver?
Lua: Quer jeito melhor de seduzir qualquer cara que ta aqui do que dançando?
Laura: Ela tem razão.
Mel: Eu to começando a achar que você frequentou um curso de como ser vadia na Califórnia.
Lua: Talvez... –Ela disse e todos riram, e as meninas acabaram indo pra pista de dança. Os meninos ficaram olhando de longe enquanto elas arrasavam na pista, ao som de “Toxic” as quatro dançavam sensualmente, logo um cara muito gato abordou Sophia e os dois deixaram a pista de dança indo até o bar. –
Mel: Caralho, ela não perde tempo.
Lua: Perder tempo pra que? Cê viu que gato que ela fisgou?
Laura: Verdade, se eu tivesse no lugar dela também não perderia tempo.
Lua: Você é café com leite Lau.
Laura: E eu posso saber por quê?
Mel: Você ta com o Mica, certo?
Laura: Certo. E eu não troco ele por nenhum desses caras.
Lua: Awn que fofa. – Ela disse rindo. –
Mel: Faz bem.
Lua: Mais como eu estou solteira, preciso arranjar alguém. Pra ontem.
Mel: Também amiga. – Laura riu e olhou brevemente pra Mica, ele á chamou e ela nem hesitou, apenas caminhou até ele e os dois entraram em um dos cômodos vazios da casa de Lua. –
Lua: Agora só restamos nós duas.
Mel: Acho que não mais. – Ela disse apontando pra direção de dois caras, extremamente atraentes, assim que as duas os olharam eles se aproximaram, o moreno pegou Mel pela mão e os dois sumiram da vista de Lua. –
XX: Iai gata, qual seu nome?
Lua: Lua...
XX: Lua, que nome lindo. Eu me chamo Felipe.
Lua: Gosto de Felipe. – Ela disse dando um passo em direção ao rapaz que apenas riu antes deles engatarem um beijo afoito. –
Chay: Eu não to gostando nada dessa historia. – Ele disse observando de longe. –
Arthur: Por quê? Pensei que você tivesse superado essa paixão pela Lua.
Chay: Não é isso idiota. Não to gostando da ideia delas estarem separadas.
Arthur: Juntas é que não dava pra ficar né?
Chay: É idiota, sendo que assim fica difícil da gente olhar elas.
Arthur: Qual é Chay, elas são bem grandinhas. Não precisam que a gente fique vigiando.
Chay: Serio? Você acha mesmo que a sua irmã tem força o suficiente pra se livrar sozinha daquele brutamonte caso precise? – Ele disse olhando pro canto da sala de Lua aonde Mel se amassava com o tal “brutamonte”. –
Chay: A Lua? Você acha mesmo que ela consegue se virar no estado que ela ta? Totalmente lúcida pra não dizer ao contrario. E eu nem falo da Sophia né?
Arthur: Ok, você tem razão. Não vai acontecer nada não. Eu acho.
Chay: Eu vou ficar de olho do mesmo jeito, e você trata de não beber mais.
Arthur: Foi a Lua, tenho nada haver com isso não.
Chay: Aham. – Ele disse irônico. –
Arthur: Eu vou ao bar pegar uma água.
Chay: Ta, eu vou ficar aqui de olho nessas gurias. E aproveita pra prestar atenção nesse cara que ta com a Lua. – Ele disse mandão enquanto olhava Lua e o carinha no bar. –
Arthur: Você já pensou em entrar pro FBI?
Chay: Vai logo porra. – Arthur saiu rindo. Ele chegou ao bar e Lua logo notou sua presença. –
Lua: Ah oi Arthur. Esse aqui é o... Felipe, eu acho.
Felipe: É, Felipe mesmo. – Os dois apertaram as mãos e Lua riu de si própria por ter esquecido o nome dele. O barman entregou as bebidas de Lua e de Felipe. –
Lua: Iai Arthur, como anda o resto da galera? – Ela disse virada de costas pra Felipe. –
Arthur: Vão bem. Eu acho. – Ele respondeu prestando atenção no que Felipe fazia, já que o mesmo mexia no bolso. –
Lua: Ah, e o Chay já pegou alguém? – Ele demorou a responder ainda concentrado em Felipe. –
Arthur: Ér, falando nele. Ele pediu pra você ir lá. – Ele disse assim que percebeu o que Felipe fazia. –
Lua: Eu vou lá ok? – Ela disse falando pra Felipe que apenas assentiu com a cabeça.  Assim que ela saiu Arthur se aproximou de Felipe. –
Arthur: Ou você vaza daqui agora ou eu ligo pra policia.
Felipe: Ta louco cara?
Arthur: Eu vi você colocando drogas no copo dela, agora se manda. – Ele disse o encarando e Felipe saiu desconcertado, Arthur pegou o copo que tinha a droga e jogou no lixo, pegou sua água e voltou pra onde Chay e Lua estavam. –
Lua: Arthur, o Chay ta teimando dizendo que não me chamou.
Arthur: Ta bêbado já é cara? Lembra não que você me mandou chamar ela? – Ele disse dando uma piscadinha discreta. –
Chay: Ah, é. Foi, verdade.
Lua: E o que era?
Chay: Só pra avisar que... Que eu to com a sua bolsa. – Ele disse nervoso. -
Lua: Eu sei né Chay, eu que te dei ela. Eu que bebo e vocês que ficam bêbados? Credo. – Ela disse se virando de volta pro bar. –
Arthur: Espera Lua. O Felipe me mandou dizer que ele precisou ir.
Lua: Serio?
Arthur: Aham parece que foi uma emergência.
Lua: Que saco. – Ela disse se escorando na parede. –
Arthur: Eu peguei aquele cara botando droga no copo dela.
Chay: Mentira? Eai? Você conseguiu segurar a barra?
Arthur: Sim, o mandei vazar antes que eu chamasse a policia.
Chay: Viu, eu tinha razão.
Lua: Eu vou atrás daquelas vadias. – Lua saiu andando, ou melhor, cambaleando até onde estava Mel, simplesmente a puxou dos braços do garoto e deu tchauzinho. –
Mel: Que porra foi essa?
Lua: Cala a boca e vamos achar a Soph e a Lau. – Ela disse enquanto arrastava Mel pela casa. -
Mel: Você ta a fim de melar os esquemas de todas nós é isso?
Lua: Mais ou menos. – Ela disse parando em frente à Sophia que no momento estava quase sendo engolida pelo seu peguete. Até Lua a puxar pelo braço e deixar o menino sem entender nada. –
Soph: Eu poderia está brava, porém ele baba demais. – As três riram e foram atrás de Laura. – Entraram no quarto de Lua e encontraram Laura e Mica se agarrando colados em uma parede. –
Lua: Chega, vamos eu quero minha amiga. – Ela disse puxando Laura de Mica que apenas riu. Todos voltaram pra onde Arthur e Chay estavam e ficaram ali até todas as pessoas deixarem a festa. Estavam todos muito embriagados, exceto Arthur que conseguiu se controlar. Já estava claro quando eles fecharam o apartamento de Lua, se espremeram no pequeno elevador e foram todos pra casa de Mel. Arthur abriu a porta e Mel passou, tropeçou no batente e caiu no chão, Lua e Soph tentaram ajudar e caíram no chão também, Laura apenas ria agarrada no braço de Mica. Chay levantou Sophia e Mel, Lua continuou no chão. –
Lua: Também preciso de ajuda porra. – Ela disse pra Chay e o mesmo se acabou de rir. Arthur se aproximou dela e a levantou. –
Sophia: Eu vou dormir ok? – Ela disse indo em direção ao quarto de Mel e sendo seguida pela mesma que também havia se despedido deles. Laura e Mica se aconchegaram de conchinha no sofá e Chay armou uma rede. Lua se levantou da cadeira e olhou pra Arthur indignada. –
Lua: Lindo isso, e eu?
Arthur: Você pode dormir na minha cama.
Lua: Que? Não, não.
Arthur: Sim, sim.
Lua: E você?
Arthur: Bom a cama é de casal. – Ela fez uma careta pra ele. –
Arthur: To brincando, eu posso colocar um colchão no chão pra mim.
Lua: Ta. – Ela foi cambaleando até o quarto dele, tirou o sapato e o vestido ficando apenas de calcinha e sutiã. Ele a olhava surpreso. –
Lua: Esse vestido pinica.
Arthur: Ta, eu não to nem olhando. – Ele virou de costas e ela gargalhou irônica. Ela sabia que ele a olhava. –
Arthur: Vou pegar o colchão.  – Ele saiu, pegou o colchão arrumou em baixo da sua cama, tirou a camisa e a calça e caiu de cueca deitado na cama. –
Lua: Sua calça também pinica? – Ela disse rindo e ele também riu. –
Arthur: Não, porém eu só durmo de cueca.

Lua: Sorte da sua cama. – Ela disse rindo e ele a olhou abismado. -

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O recomeço: Cap 07

Narradora Observadora:
Lua saiu do elevador rebolando, a porta da sua casa estava aberta e ela queria ter uma ótima entrada, o apartamento já estava lotado, a musica tocava alto e pelo menos até as dez os vizinhos não podiam reclamar. Assim que entrou logo avistou Mel e Laura, estavam lindas, produzidas e prontas pra arrasar.
Mel:

(Com o cabelo, vestido e sapato á cima.)
Laura:

Lua: Onde ta a Soph? – Ela disse alto por causa do som. –
Mel: Foi buscar mais vodka no carro de Chay.
Laura: Ta um pedaço de mal caminho ein Lu?!
Lua: To? Ah, ótimo essa foi a intenção. – As duas riram. –
Mel: Iai? Chegou com o Arthur que eu vi ein...
Lua: Seu irmão é insuportável, cheguei louca pra tomar banho ele tava no seu banheiro, tive que tomar banho no banheiro imundo dele e pra completar ele ainda entrou e ficou lá se barbeando enquanto eu tomava banho. Depois ainda tive que secar meu cabelo naquele banheiro e peguei-o de cueca, ele ficou puto, enfim foi isso.
Mel: Só isso?
Lua: Você acha pouco?
Laura: Pena que a tia Meg tranca o quarto quando vai fazer plantão no hospital.
Lua: Porque mesmo?
Mel: Porque ela me pegou mexendo nos arquivos sobre a morte do meu pai, ai ela sempre tranca o quarto. –
Lua: Ok chega de falar de coisa chata e vamos beber. – Laura estava com o copo quase vazio foi com ela até o bar, ambas pegaram suas bebidas e voltaram pra onde Mel estava agora acompanhada, de Sophia e Chay. Mica estava em outra parte da festa com Arthur. –
Sophia:




Chay: Nossa senhora ein, estão muito gatas.
Laura: Eu sei, nasci assim. – Chay riu e Lua agradeceu o elogio. –
Sophia: Gente eu preciso de um homem bem gato e bem gostoso.
Chay: Serve eu?
Sophia: Não, eu disse gostoso Chay.
Chay: Pelo menos gato eu sou.
Mel: Mais ta precisando malhar né gatinho. – Todos riram e Mel logo desmanchou o sorriso quando viu Arthur e Mica se aproximarem. –
Mica: Nossa senhora ein, assim eu não aguento.
Laura: Cala a boca Mica.
Soph: Uii senti uma pontinha de ciúmes.
Lua: Só uma ponta?!
Laura: Vão pro inferno... Vamos trocar uma ideia ali Mica. – Ela fez uma cara seria. –
Mel: Cuidado, ela morde.
Chay: Nem tão namorando e já vai apanhar? Pau mandando é osso.
Mica: Agora Lau?
Laura: É Mica, agora algum problema?
Mica: Não, nenhum. Você pedindo assim com carinho é lógico que eu vou né. – Os dois saíram e todos riram da situação. –
Lua: Vamos dançar?
Mel: Vamos. – Todos foram os meninos meio que só ficavam ali olhando e meio que as protegendo dos marmanjos que estavam em volta. -
Lua: OPAAA. – Ela disse pra um cara que estava atrás dela. –
XX: Foi mal aí gatinha, não resisti.
Mel: O que foi Lu?
Lua: Esse babaca passou a mão na minha bunda.
Arthur: Como é? – Ele disse se aproximando do carinha. –
XX: Qual é irmão, quem manda arranjar mina gostosa desse jeito.
Lua: Arthur, para. – Ela disse enquanto ele já estava ficando nervoso. Era difícil pra ele segurar a barra. –
XX: Ta a fim de brigar é playboy?
Arthur: Quem sabe só quebrar esse tua cara. – O carinha deu o primeiro soco atingindo o canto da boca de Arthur e chamando a atenção de todos presentes, Arthur lançou apenas um soco e o carinha deu alguns passos pra trás ameaçando cair, Arthur foi se aproximando e deu outro soco o fazendo cair no chão e mais outro soco foi dado por Arthur, ele já estava fora de controle, o cara já estava no chão e mal se movia. Lua se meteu entre eles e ficou encarando Arthur por alguns estantes, antes de dizer algo. –
Lua: Eiei chega. – Ela disse tentando abaixar os braços dele. Ele a encarou por longos minutos até ficar mais calmo, enquanto isso Chay tratava de por pra fora o cara e os amiguinhos dele. –
Arthur: Eu... Eu vou pra casa. – Ele disse saindo e deixando todos confusos, mentira só Lua estava confusa com aquela reação. –
Mica: Gente, o que foi isso?
Chay: O Arthur brigou com um cara aí.
Laura: Por quê?
Sophia: Porque ele tinha passado a mão na bunda da Lua.
Mel: Ele passando dos limites como sempre.
Chay: Ah, dessa vez eu não achei não, achei muito bem merecido. Aonde já se viu passar a mão na bunda alheia.
Laura: E você? Não diz nada? – Ela falou se referindo a Lua. –
Lua: Ér, eu acho... Eu acho que alguém devia ir atrás dele. – Ela disse ainda pensando no Arthur, ela não estava com raiva da atitude dele mais sim curiosa, porque ele se irritou tanto? –
Mel: Nem olhem pra mim.
Sophia: Eu também não, preciso arranjar um peguete.
Laura: Eu nem estava aqui.
Mica: Nem eu.
Chay: Vai você Lua. – Ele disse meio que a desafiando. Ela apenas deu um olhar geral e saiu. –
Chay: EU TAVA BRINCANDO!
Mica: Deixa, é bom que ele pede logo desculpas e acaba com esse clima.
Mel: Ou não né.
Lua chegou até o apartamento de Mel e a porta estava aberta ela entrou devagar e meio amedrontada, a casa estava completamente escura, ela foi andando devagar até chegar ao quarto de Arthur que estava com a porta fechada e com uma luz baixa acessa, no caso a do abajur. Ela abriu a porta devagar e colocou a cabeça pra dentro do quarto ele a fitou e ela pode ver as lagrimas caindo pelo rosto dele. –
Lua: Posso entrar? – Ele fez que sim com a cabeça e passou a mão no rosto. –
Arthur: O que você faz aqui?
Lua: Bom... Eu... Ér, você ta bem? – Ela sentou ao seu lado. -
Arthur: Eu vou ficar, algum dia...
Lua: Eu... Eu não sei o que te dizer. Na verdade eu nem sei por que estou aqui. Acho melhor eu ir... – Ela disse já de pé. -
Arthur: Eu não te culpo. Eu no seu lugar faria o mesmo. É que eu sou uma pessoa difícil de lidar, de conviver, de confiar, de amar. – Ele disse a parte “de amar” bem baixinho. –
Lua: É complicado pra mim, você sabe.
Arthur: Eu sei. A única coisa que me conforta é que você pelo menos achou um jeito de passar por cima do que eu te fiz.
Lua: Em cada historia existe uma dor.
Arthur: É, eu sei...
Lua: Sabe, eu ainda me lembro de tudo mesmo que o objetivo fosse sempre esquecer. – Ele soltou uma risada baixa. -
Arthur: Você é a melhor pessoa que eu já conheci.
Lua: Como assim?
Arthur: Você lembra tudo, tudo que eu te fiz passar, você ainda sente aquela dor e veja só, você ta aqui, se fosse qualquer outra pessoa não tinha nem olhado na minha cara ou sequer ter trocado uma palavra comigo.
Lua: Sabe por que eu to aqui? Porque eu sei o que é sentir uma dor tão forte que você não consegue explicar. Eu vi pessoas partirem da minha vida, e isso não foi fácil de superar e tudo que eu queria é que alguém tivesse vindo até mim, dizer que ia passar e que ia ficar tudo bem. Eu tive que aguentar tudo sozinha e não foi fácil.
Arthur: E como você conseguiu superar?
Lua: Eu não superei. Algo dentro do meu coração morreu junto com...
Arthur: Seu pai.
Lua: É... Eu era apenas uma criança, não sabia direito o que tava acontecendo, mais eu sabia que ele não iria voltar nunca mais. Minha mãe sempre me dizia que todo mundo sempre vai embora e que tinha chegado à hora do meu pai. – Ela disse com os olhos cheios de lagrimas. –
Lua: Eu sabia que pra onde ele tinha ido, não tinha caminho de volta. E isso me machucou me machuca até hoje.
Arthur: É, eu sei como é. – Eles ficaram em silencio por longos estantes até Arthur voltar a chorar. –
Arthur: Eu também sinto muito a falta do meu pai. Eu... Eu tive que ser forte pela Mel e pela minha mãe, mas eu não sou tão forte assim. Eu faria qualquer coisa pra ter ele de volta. – Por um breve momento Lua sentia que tinha algo em comum com Arthur, nem que fosse uma dor imensurável. Eles ficaram mais um tempo em silêncio, até o choro de Arthur se intensificar novamente. -
Arthur: Me desculpa, por favor me perdoa. Eu... Eu sei que não foi fácil pra você, sei que tudo que você aguentou sorrindo eu não aguentaria nem gritando. Eu sei, pode parecer que eu não sinto mais eu sinto, eu sinto muito de verdade. Eu gostaria de poder voltar no tempo e fazer tudo diferente, mais eu não posso. A única coisa que me resta é pedir perdão pelas babaquices que eu fiz com você. Eu vou entender se você disser que não consegue me perdoar, vou entender se você sentir raiva de mim. Você não vai ser a primeira. – Ela ficou calada por um tempo, digerindo tudo que ele havia dito. -
Lua: Tudo bem, nesses quatro anos eu aprendi tanta coisa, umas delas, é que persistir na raiva é como pegar um pedaço de carvão quente pra atirar em alguém, é sempre quem levanta a pedra que se queima. E eu acho que a algum tempo atrás eu já havia te perdoado, só não enxergava ainda.
Arthur: Obrigada. De verdade.
Lua: Não precisa agradecer, agora levanta lava esse rosto que a gente vai voltar pra festa.
Arthur: O que? Não, não eu não. Pode ir.
Lua: Não discuta comigo, você vai sim. – Ela disse mandona e ele riu, levantou e foi lavar o rosto no banheiro. –
Arthur: Pronto general.
Lua: Bem melhor. Vamos. – Ela disse o puxando pelo braço. –
Arthur: Lua... – Ele a chamou e quando ela virou ele a puxou pra um abraço apertado, no começo ela não correspondeu mais depois de engolir o orgulho envolveu a cintura de Arthur com os braços e o abraçou forte. –
Arthur: Obrigada, realmente muito obrigada. – Eles ficaram ali, abraçados por um tempo e depois voltaram pra festa. -

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O recomeço: Cap 06

POV. Lua:
Acordei com meu celular tocando nas alturas.
- Ligação on:
Lua: Alô?
Sophia: Lua, porra. Você ainda estava dormindo?
Lua: Aham. –Respondi ainda sonolenta. –
Sophia: Pois levante essa bunda da cama agora e vá se arrumar, caralho Lu a festa já começou.
Lua: JÁ? PORQUE VOCÊS NÃO ME AVISARAM PORRA? – Eu respondi e logo me levantei e fui jogando tudo que eu tinha retirado da mala de volta pra mesma. –
Sophia: Porque tu tava dormindo e não ouviu a porra do celular? E a gente não podia simplesmente deixar a festa aqui pra ir acordar a bela adormecida.
Lua: Ta, ok. To indo pra Mel me arrumar.
Sophia: Porque não se arruma aí mesmo?
Lua: Porque eu vou voltar muito bêbada e não vou ter condições pra vim pegar minhas malas no Chay. E tchau Sophia, você ta me atrasando.
Sophia: Vá a merda. – Ela disse antes de desligar. -
- Ligação off
Sai correndo carregando varias malas pela casa de Chay, até deixar a frasqueira cair e fazer um barulho desgraçado. Tia Lucia logo apareceu e ficou me encarando antes de falar alguma coisa.
Lucia: Pelo visto você está atrasada.
Lua: Super.
Lucia: Não é melhor se arrumar aqui?
Lua: É que, tipo eu vou dormir na Mel e ficaria complicado de vim buscar minhas malas aqui após a festa.
Lucia: Ah, entendo. – Ela fez uma cara esquisita enquanto eu terminava de juntar as minhas coisas. –
Lua: Bom, tia eu vou indo. – Disse após guardar todas as coisas de volta na frasqueira. –
Lucia: Ok venha sempre que quiser.
Lua: Obrigada. – Saí e pra minha sorte o elevador já estava a minha espera, fui diretamente pra casa de Mel e fiz o percurso da porta até o quarto dela correndo. Peguei uma toalha e tirei da mala a bolsinha com meus produtos de higiene pessoal e me direcionei ao banheiro de Mel, o chuveiro estava ligado. Puta merda, mais atraso... Não quis nem saber, soquei a porta feito uma louca até ouvir a chave virando. –
Arthur: Algum problema? – Ele apareceu, todo molhado, com uma toalha enrolada no quadril. Jesus, eu só posso está muito na seca. –
Lua: Ér, na verdade o problema é que eu to atrasada, e você não está facilitando minha vida.
Arthur: Eu só estava tomando banho.
Lua: Vá tomar no seu banheiro, preciso usar o da Mel. Tipo, já.
Arthur: Não vai ser possível.
Lua: Ah e eu posso saber por quê?
Arthur: O meu chuveiro ta quebrado, só sai água fria.
Lua: Ah, e o gatão tem medo de água gelada? Faça-me o favor né Arthur.
Arthur: Então vai lá, toma banho lá. Porque daqui eu não vou sair. – Ele bateu a porta na minha cara entrando novamente no banheiro. –
Lua: IDIOTA. – Saí sem nem ao menos ouvir sua resposta. Segui até o quarto dele e logo entrei no banheiro, estava muito atrasada pra me importar com a zona em que aquele lugar se encontrava, pra piorar a porta não tinha tranca, beleza a sorte está do meu lado, só que não. Iniciei meu banho normalmente, não tinha frescura com água gelada, achava até melhor. Já estava com o shampoo na cabeça quando ouvi baterem na porta. Desliguei o chuveiro pra poder ouvir melhor o que estava sendo dito.
Arthur: Preciso me barbear.
Lua: Você precisa ir pro inferno.
Arthur: Quem sabe depois de me barbear.
Lua: Vai fazer isso no banheiro da Mel.
Arthur: Minha maquina é elétrica e lá não tem tomada. – Respirei fundo antes de responder qualquer coisa, me lembrei que o vidro do Box tinha uma textura esquisita, mas que de fora deixava impossível de enxergar, no caso me enxergar. –
Lua: Ta, mais vê se vai rápido. – Ele não disse nada, apenas entrou e logo eu pude ouvir o som da maquina de barbear dele. Já estava terminando o banho e nada dele terminar aquilo. –
Lua: Já que você não vai terminar isso nunca, dá pra me passar a minha toalha, por favor? – Ele apenas me passou a toalha por cima do Box, me enrolei nela lá dentro e saí. Puta merda, nunca passei por uma situação mais desconfortável como essa. Eu, apenas de toalha, em um cubículo nomeado de banheiro, com Arthur Aguiar, e pra completar ele ainda estava com aquela maldita toalha na cintura e o abdômen a mostra.
Arthur: Nossa senhora. – Ele falou com o olhar preso em mim como um bobo, só faltava babar. –
Lua: Pois é né, veja como a vida engraçada há quatro anos eu era chamada de como mesmo? Ah, lembrei. Orquinha. – Saí do banheiro e o ouvi gritar. –
Arthur: NOSSA SENHORA COMO VOCÊ MOLHOU O MEU BANHEIRO! – Eu apenas ri, ou ele era muito idiota ou achava que eu era. –
Voltei pro quarto de Mel, tranquei a porta é claro. Não confiava em Arthur, principalmente quando se tratava de nos dois sozinhos naquela casa. Comecei a me arrumar, me maquiei, me vesti e deixei o sapato separado pra calçar quando terminasse de me arrumar, peguei o secador e fui atrás de uma tomada em toda a casa, ok tinha varias mais nenhuma próxima a um espelho. O jeito foi recorrer ao banheiro nojento de Arthur. Não bati na porta não, aquele idiota havia me irritado o bastante pra merecer minha educação, apenas entrei.
Arthur: Oh garota, você nunca ouviu falar em modos? – Ele disse se escondendo atrás da porta do guarda-roupa, já que eu o havia pegado de cueca. Virei de costas rindo alto, não me pergunte o porquê da risada, eu apenas caí no riso. Não que tivesse algo engraçado no corpo de Arthur, até porque o que ele tinha de idiota, mau caráter, infeliz, inconseqüente e mais uma lista de defeitos ele tinha de gostoso.
Arthur: Para de rir. – Eu só ri mais, minha barriga já doía de tanta risada. –
Arthur: Diz logo o que você quer aqui?
Lua: Secar... Me cabelo. – Disse ainda rindo e levantando o secador pro alto pra que ele enxergasse que não era mentira. –
Arthur: Passa logo pro banheiro e só sai de lá quando eu disser que pode.
Lua: Você não manda em mim, idiota. – Eu disse, agora seria. –
Arthur: É as condições pra mocinha secar o lindo cabelo. – Ele disse irônico. E eu apenas entrei no banheiro, sequei eu cabelo e coloquei alguns grampos enrolando algumas mexas pra que meu cabelo ficasse mais ondulado. Saí do banheiro sem o “consentimento” dele, tava pouco me fodendo se ele estava vestido, de cueca, nu. Precisava me arrumar e acabou. Ele já estava vestido, na verdade ele me parecia já está pronto.
Arthur: Bom, eu to pronto. Você tranca a casa ou quer que eu espere você terminar de se arrumar? – Ele disse me oferecendo as chaves e sim, seria muito mais fácil pra mim que ele fosse embora, porém eu não queria ficar responsável das chaves, não com vodka envolvida. –
Lua: Você pode esperar? Eu só vou me calçar. – Ele fez que sim com a cabeça e eu fui até o quarto da Mel,enquanto ele me pareceu ir pra sala, me calcei e passei mais perfume dei uma ultima olhadinha no espelho e não é querendo ser convencida mais eu estava linda, ou até mais que isso. Fui desligando as luzes do corredor e dos quartos enquanto eu passava até chegar à sala, ele estava sentado no sofá então eu fui indo pra porta e parei por um segundo já que percebi que ele ainda não havia se levantando. Lerdo.
Lua: Vamos?
Arthur: Ah, sim. É, vamos. – Ele falou ainda me encarando, eu achava maravilhoso vê ele assim, a tempos atrás ele me humilhava pelo corpo que eu tinha, hoje ele babava tal corpo. -

Lua: