Narradora Observadora:
Lua andava de um lado para o outro dentro do quarto,
quase deixando Arthur tonto. Ela estava tão nervosa que ele não conseguia falar
absolutamente nada.
Lua: Porque meu Deus? Por quê?
Arthur: Lua, para de andar.
Lua: Arthur, pelo amor de Deus. Como você não me disse
isso antes?
Arthur: Eu tinha prometido, e também isso faz muito
tempo. Eu não sei se ele ainda é apaixonado por você.
Lua: Ai meu Deus. O que a gente vai fazer?
Arthur: Você nada, a gente vai contar a verdade e você
vai fingir que não sabe de nada. Uma hora ou outra eles vão descobrir, o Chay
vai ter que entender.
Lua: Você tem certeza que quer fazer isso? Tem certeza
que você quer arriscar sua amizade com ele?
Arthur: Não, eu não tenho certeza. Mas eu tenho certeza
de uma coisa... – Ele disse se aproximando dela. –
Lua: De que?
Arthur: Que eu não quero arriscar isso que a gente tem.
– ele colocou as mãos delicadamente sobre o rosto da loira. -
Lua: E o que a gente tem?
Arthur: Diga-me você... – Ela sorriu e ele a beijou, um
beijo lento e delicado. Era claro que nenhum dos dois sabia o que tinham ou o
que sentiam, não sabiam ou não tinham coragem de admitir? Façam suas apostas. –
Meg: ARTHUR, ESTOU INDO PRO HOSPITAL. – Ela gritou da
porta fazendo com que eles partissem o beijo. Lua riu e o abraçou, ele gritou
em resposta. –
Arthur: BEIJOOO. – Ela respondeu alguma coisa que não
foi entendido por nenhum dos dois. Estavam abraçados, até Lua soltar um
suspiro, não um simples suspiro, mas o tipo de suspiro preocupante. –
Arthur: O que foi? – Ele disse separando um pouco o
abraço pra que pudesse olhar seu rosto. –
Lua: Eu to com medo Thur... – Ele soltou um sorrisinho
meigo, aquele apelido era muito comum, mais saindo dos lábios dela era como a
gloria. –
Arthur: Medo? De que?
Lua: De tudo, a gente vai enfrentar tanta coisa. E se
não valer a pena?
Arthur: Como assim?
Lua: Se depois de nós enfrentarmos tudo, não der certo.
Se a gente não der certo?
Arthur: Isso é um risco que vamos ter que correr.
Lua: Exatamente, você ta disposto a isso?
Arthur: Lógico, você não?
Lua: Eu não sei... A gente vai magoar muita gente. –
Ele respirou fundo, passou as mãos pelos cabelos, ele havia se irritado e ela
havia reparado. –
Arthur: Então procure saber. – Ele disse frio e saiu do
quarto pisando fundo. –
Lua: Droga. – Ela sussurrou e se jogou na cama
irritada. Depois de alguns estantes ela pegou uma camisa dele e uma calcinha
short e foi tomar banho. Depois de se vestir ela se preparou pra terminar
aquela conversa, saiu do quarto e foi até a sala, ele não estava lá, nem na
cozinha. Foi até o quarto de Meg que tinha a porta entre aberta, entrou devagar
e logo chamou a atenção dele. Ele a olhava confuso, ela se escorou na porta e
ficou apenas olhando. –
Arthur: O que você quer?
Lua: Não faz isso.
Arthur: Eu não to fazendo nada.
Lua: Não me trate como se não gostasse de mim.
Arthur: Esse é o problema. Eu gosto. – Ela sorriu,
fechou a porta e se aproximou dele, sentando em seu colo. –
Lua: Eu não quero perder você...
Arthur: Por quê?
Lua: Por que... Se eu te perder, eu me perco.
Arthur: Você não vai. – Ele disse antes de beijá-la, um
beijo não tão calmo mais também não tão desesperado. Assim que o fôlego começou
a acabar Lua se levantou e o puxou pela mão, saíram do quarto de Meg e voltaram
pro deles, Lua o empurrou fazendo com que ele caísse deitado sobre a cama, o
moreno gargalhou como se estivesse vendo um filme de comedia, deixando-a mais
provocante, ela subiu em cima dele sentando na sua ainda vestida intimidade.
Com o ato a gargalhada cessou e agora foi a vez dela de rir. –
Lua: Ué, cadê a gargalhada?
Arthur: Não tem mais graça.
Lua: imaginei. – Ele sorriu e a puxou pra um beijo, um
beijo cheio de malicia e fúria, era incrível como se encaixavam, Lua estava
meio que de quatro por cima dele enquanto o beijo ainda rolava desesperado, as
mãos do moreno acariciavam a parte de trás das coxas da loira, causando
arrepios. -
Arthur: Vamos nos livrar desses panos? – Ele disse com
um sorriso malicioso e ela apenas assentiu e voltou a se sentar por cima de sua
intimidade ainda coberta por um calção. Ele ia desabotoando botão por botão,
lentamente. Sim, ela havia colocado uma camisa social dele, ele tinha umas três
que só usava em casamentos e eventos especiais, ou seja, uma vez na vida. Mas
ficava tão bem nela, que cogitava a ideia de comprar outras só pra ter o prazer
de retirar cada uma de seu corpo. Assim que retirou a peça ele se surpreendeu
pela ausência do sutiã, sorriu e se sentou ainda com ela em seu colo. –
Arthur: Alguma vez eu disse o quanto você é linda?
Lua: Não, eu não me lembro de nenhum elogio que tenha
saído sobre mim da sua boquinha. – Ela disse dando-lhe um selinho. Ele riu e
passou as mãos pelas costas dela. –
Arthur: Você é linda, maravilhosa, espetacular,
perfeita, minha.
Lua: Tenho duvidas quanto a ser sua. – Ela disse rindo,
ele sorriu enquanto trilhava um caminho de beijos do pescoço dela até os seios.
–
Arthur: Não tenha. – Ele disse serio antes de abocanhar
um dos seios dela, dando atenção pro outro com a mão, ela gemia baixinho enquanto arranhava levemente a nuca dele. –
Arthur: Linda... – Ele disse antes de beijá-la. –
Lua: Lindo. – Eles voltaram a se beijar, com
mordidinhas e sorrisos, dava pra vê a paixão entre eles. –
Arthur: Vem cá. – Ele a colocou por baixou e voltou a
beijar seu pescoço, deixando altas marcas. –
Lua: Vou ficar toda marcada, não que você se importe.
Arthur: Com marcas feitas por mim? Não me importo
mesmo. – Ela riu e ele a beijou, um estrondo os fizeram parar.”Oh, merda” pensaram. Não deu tempo de
levantarem, raciocinarem ou até mesmo de respirarem. A porta do quarto foi
aberta e a boca do (a) intrometido (a) foi no chão. –
Será que eles não podiam simplesmente transar em paz?
Ou eu devia dizer, fazer amor?