segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O recomeço: Cap 23

Narradora Observadora:
Lua andava de um lado para o outro dentro do quarto, quase deixando Arthur tonto. Ela estava tão nervosa que ele não conseguia falar absolutamente nada.
Lua: Porque meu Deus? Por quê?
Arthur: Lua, para de andar.
Lua: Arthur, pelo amor de Deus. Como você não me disse isso antes?
Arthur: Eu tinha prometido, e também isso faz muito tempo. Eu não sei se ele ainda é apaixonado por você.
Lua: Ai meu Deus. O que a gente vai fazer?
Arthur: Você nada, a gente vai contar a verdade e você vai fingir que não sabe de nada. Uma hora ou outra eles vão descobrir, o Chay vai ter que entender.
Lua: Você tem certeza que quer fazer isso? Tem certeza que você quer arriscar sua amizade com ele?
Arthur: Não, eu não tenho certeza. Mas eu tenho certeza de uma coisa... – Ele disse se aproximando dela. –
Lua: De que?
Arthur: Que eu não quero arriscar isso que a gente tem. – ele colocou as mãos delicadamente sobre o rosto da loira. -
Lua: E o que a gente tem?
Arthur: Diga-me você... – Ela sorriu e ele a beijou, um beijo lento e delicado. Era claro que nenhum dos dois sabia o que tinham ou o que sentiam, não sabiam ou não tinham coragem de admitir? Façam suas apostas. –
Meg: ARTHUR, ESTOU INDO PRO HOSPITAL. – Ela gritou da porta fazendo com que eles partissem o beijo. Lua riu e o abraçou, ele gritou em resposta. –
Arthur: BEIJOOO. – Ela respondeu alguma coisa que não foi entendido por nenhum dos dois. Estavam abraçados, até Lua soltar um suspiro, não um simples suspiro, mas o tipo de suspiro preocupante. –
Arthur: O que foi? – Ele disse separando um pouco o abraço pra que pudesse olhar seu rosto. –
Lua: Eu to com medo Thur... – Ele soltou um sorrisinho meigo, aquele apelido era muito comum, mais saindo dos lábios dela era como a gloria. –
Arthur: Medo? De que?
Lua: De tudo, a gente vai enfrentar tanta coisa. E se não valer a pena?
Arthur: Como assim?
Lua: Se depois de nós enfrentarmos tudo, não der certo. Se a gente não der certo?
Arthur: Isso é um risco que vamos ter que correr.
Lua: Exatamente, você ta disposto a isso?
Arthur: Lógico, você não?
Lua: Eu não sei... A gente vai magoar muita gente. – Ele respirou fundo, passou as mãos pelos cabelos, ele havia se irritado e ela havia reparado. –
Arthur: Então procure saber. – Ele disse frio e saiu do quarto pisando fundo. –
Lua: Droga. – Ela sussurrou e se jogou na cama irritada. Depois de alguns estantes ela pegou uma camisa dele e uma calcinha short e foi tomar banho. Depois de se vestir ela se preparou pra terminar aquela conversa, saiu do quarto e foi até a sala, ele não estava lá, nem na cozinha. Foi até o quarto de Meg que tinha a porta entre aberta, entrou devagar e logo chamou a atenção dele. Ele a olhava confuso, ela se escorou na porta e ficou apenas olhando. –
Arthur: O que você quer?
Lua: Não faz isso.
Arthur: Eu não to fazendo nada.
Lua: Não me trate como se não gostasse de mim.
Arthur: Esse é o problema. Eu gosto. – Ela sorriu, fechou a porta e se aproximou dele, sentando em seu colo. –
Lua: Eu não quero perder você...
Arthur: Por quê?
Lua: Por que... Se eu te perder, eu me perco.
Arthur: Você não vai. – Ele disse antes de beijá-la, um beijo não tão calmo mais também não tão desesperado. Assim que o fôlego começou a acabar Lua se levantou e o puxou pela mão, saíram do quarto de Meg e voltaram pro deles, Lua o empurrou fazendo com que ele caísse deitado sobre a cama, o moreno gargalhou como se estivesse vendo um filme de comedia, deixando-a mais provocante, ela subiu em cima dele sentando na sua ainda vestida intimidade. Com o ato a gargalhada cessou e agora foi a vez dela de rir. –
Lua: Ué, cadê a gargalhada?
Arthur: Não tem mais graça.
Lua: imaginei. – Ele sorriu e a puxou pra um beijo, um beijo cheio de malicia e fúria, era incrível como se encaixavam, Lua estava meio que de quatro por cima dele enquanto o beijo ainda rolava desesperado, as mãos do moreno acariciavam a parte de trás das coxas da loira, causando arrepios. -
Arthur: Vamos nos livrar desses panos? – Ele disse com um sorriso malicioso e ela apenas assentiu e voltou a se sentar por cima de sua intimidade ainda coberta por um calção. Ele ia desabotoando botão por botão, lentamente. Sim, ela havia colocado uma camisa social dele, ele tinha umas três que só usava em casamentos e eventos especiais, ou seja, uma vez na vida. Mas ficava tão bem nela, que cogitava a ideia de comprar outras só pra ter o prazer de retirar cada uma de seu corpo. Assim que retirou a peça ele se surpreendeu pela ausência do sutiã, sorriu e se sentou ainda com ela em seu colo. –
Arthur: Alguma vez eu disse o quanto você é linda?
Lua: Não, eu não me lembro de nenhum elogio que tenha saído sobre mim da sua boquinha. – Ela disse dando-lhe um selinho. Ele riu e passou as mãos pelas costas dela. –
Arthur: Você é linda, maravilhosa, espetacular, perfeita, minha.
Lua: Tenho duvidas quanto a ser sua. – Ela disse rindo, ele sorriu enquanto trilhava um caminho de beijos do pescoço dela até os seios. –
Arthur: Não tenha. – Ele disse serio antes de abocanhar um dos seios dela, dando atenção pro outro com a mão, ela gemia baixinho enquanto arranhava levemente a nuca dele. –
Arthur: Linda... – Ele disse antes de beijá-la. –
Lua: Lindo. – Eles voltaram a se beijar, com mordidinhas e sorrisos, dava pra vê a paixão entre eles. –
Arthur: Vem cá. – Ele a colocou por baixou e voltou a beijar seu pescoço, deixando altas marcas. –
Lua: Vou ficar toda marcada, não que você se importe.
Arthur: Com marcas feitas por mim? Não me importo mesmo. – Ela riu e ele a beijou, um estrondo os fizeram parar.”Oh, merda” pensaram. Não deu tempo de levantarem, raciocinarem ou até mesmo de respirarem. A porta do quarto foi aberta e a boca do (a) intrometido (a) foi no chão. –
Será que eles não podiam simplesmente transar em paz?

Ou eu devia dizer, fazer amor?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O recomeço: Cap 22

Pov Arthur:
Depois de toda a confusão fomos pro quarto dormir, e eu tenho que admitir que nunca tive uma noite de sono melhor do que essa, com ela ressonando lindamente sobre meu peito, trazia uma paz indescritível, pela primeira vez em anos eu me sentia bem, em paz comigo mesmo e com o mundo. Meu Deus, que poder ela tem sobre mim?
Antes de pegarmos no sono eu prometi pagar cada centavo da multa e da fiança, mas queria que ela não contasse nada pra minha mãe ainda, sem me impressionar tanto ela aceitou de cara, era incrível como ela me entendia, nem Chay que esteve ao meu lado em todos os mementos da minha vida parecia me conhecer tão bem... Falando em Chay, meu Deus o que seria da nossa amizade? Eu até pensei em pedir pra deixar esse nosso “lance” em segredos por alguns tempo, mas só de imaginar que ela teria uma idéia errada, como se eu tivesse vergonha ou algo do tipo espantava qualquer pensamento, demorei demais pra fazer ela admitir que a gente, por mais errados que fossemos, poderíamos dar certo. Não ia ser agora que eu ia perder tudo.
Já havíamos levantado, Lua vestia um short colado e curto por baixo de uma camisa minha que lhe servia de pijama, despenteada, sem maquiagem alguma, com carinha de sono, um pouco mal humorada. Pode me chamar de doido, mas era quando ela ficava mais linda, linda? Não, não. Maravilhosa.
Sentamos-nos à mesa pra tomar café da manhã e logo minha mãe apareceu saindo da cozinha com uma garrafa de café.
Meg: Bom dia meus amores. – Mamãe me deu alguns beijinhos e logo fez o mesmo em Lua, foi ali que eu percebi que estávamos completamente perdidos, ela considerava Lua uma filha, nunca aceitaria nosso envolvimento. –
Arthur: Mãe, antes que a Mel acorde eu...
Meg: A Mel já acordou, já tomou café e já saiu.
Arthur: Pra onde ela foi?
Meg: Não disse, apenas falou que tinha umas coisas pra resolver.
Lua: Já vi quem vem merda por ai, é melhor falar logo Thur. – Eu paralisei, não por ter que contar pra minha mãe, antes fosse isso. Mas vocês perceberam? Fui só eu? Ninguém percebeu o encurtamento no meu nome, formando um delicioso apelido fofo? Eu to parecendo uma garotinha com o primeiro namorado não estou? Claro que estou. Maldita Lua. –
Meg: Vocês têm alguma coisa pra me contar?
Lua: Sim.
Arthur: Não.
Meg: Sim ou não?
Arthur: Não.
Lua: Arthur. – Ela me repreendeu. –
Arthur: Eu... Eu quebrei o vaso de cristal. – Por uma sorte do caramba me lembrei que Mel tinha feito isso e era uma das coisas que minha mãe não havia incluído na longa lista do desastre daquela descoberta, Lua me fuzilou, juro que se olhar matasse naquele estante eu seria um presunto estirado no chão da sala. –
Meg: Ah, é só isso? Não tem problema. – Ela sorriu e passou a mão pelos meus cabelos bagunçados, continuamos comendo em silencio, assim que terminou Lua apenas colocou seu prato na pia e saiu pisando forte até meu quarto... Nosso quarto. Fiz o mesmo e me preparei pra escutar muito. –
Arthur: O que você queria que eu falasse? – Disse me defendendo antes mesmo dela me atacar. –
Lua: A verdade seria uma boa.
Arthur: Querida mãe, minha irmã chegou ontem às 4 horas da manhã se agarrando com um cara nunca visto por mim ou por ninguém. Ah eu e a Lua estamos tendo um caso, tenha um bom dia no hospital. Te amo. – Falei irônico. –
Lua: Assim soa ridículo.
Arthur: É ridículo !! Não podemos falar nada antes de descobrirmos o que nós sentimos um pelo outro. Não faz sentido começar uma guerra sem solucionar a guerra dentro de nós.
Lua: Você tem razão. – Ela disse se jogando na cama, eu me aproximei ficando por cima. Ela me olhou, passou as mãos pelo meu rosto e sorriu. Já disse o quanto ela era perfeita? –
Lua: Vamos contar pro pessoal?
Arthur: Não acho justo esconder isso deles, principalmente de Chay.
Lua: É, eu sei. Ele é como um irmão pra você.
Arthur: Não, não é por isso Lua.
Lua: Não? – Sentei-me ao lado dela e ela fez o mesmo, me encarando curiosa. –
Arthur: Lembra que eu disse que não era só a Mel que sairia machucada dessa historia?
Lua: Lembro você mentiu pra mim.
Arthur: Pois é, eu menti mesmo.
Lua: Quem Arthur?
Arthur: O Chay... Eu não menti por maldade, apenas não podia contar por conta de uma promessa que eu fiz, promessa essa que eu acabei de quebrar.
Lua: Eu não to entendendo nada. Porque raios o Chay, logo o Chay desencanado do jeito que é, ficaria magoado?
Arthur: Ele sempre foi apaixonado por você, e eu temo que ainda seja.
Lua: O QUE???

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O recomeço: Cap 21

Narradora Observadora:
Lua: Aqui. – Ela disse jogando um envelope gordinho em cima da mesa do delegado. Ele a fitou por alguns estantes antes de pegar o envelope e arregalar os olhos surpreso. –
Juliano: Você ta de brincadeira? Como você arranjou todo esse dinheiro a essa hora da madrugada?
Lua: Isso não lhe convém. Já está aí o dinheiro da maldita finança agora o solte. – Ele a olhou por mais alguns minutos e se levantou, chegou perto dela e falou baixinho. –
Juliano: Se você não fosse tão gostosa eu te prenderia por desacato. – Ela ficou intacta e logo ele saiu da sala, a vontade dela era de ter-lhe esbofeteado, mas ser presa não estava nos seus planos. Passou alguns estantes e ele voltou. –
Juliano: Bom, está tudo em ordem. Espere lá fora, ele logo vai ser solto. – Ela saiu da sala do delegado e se sentou em uma cadeira na sala de espera. Logo pode ouvir o barulho da cela sendo aberta, alguns presos reclamavam e logo Lua pôde vê Arthur na porta recebendo seus pertences. Ela levantou rapidamente e abriu um dos mais lindos sorrisos já escapado daqueles lábios, assim que ele tirou os olhos do policial, sorriu imediatamente, era como se ele soubesse que aquele sorriso era dele, só dele e de mais ninguém. –
Arthur: Você é demais. – Ele disse antes de tomá-la em seus braços em um abraço apertado. –
Lua: Eu sei. – Ele riu e a beijou, um beijo apressado, como se ele tivesse medo que aquele momento acabasse em uma crise de sanidade qualquer. –
Arthur: Diz pra mim que você tava falando serio e que não vai vim com o papo de que é errado? – Ela riu, falando assim ela parecia uma doida indecisa. Talvez ela fosse. –
Lua: Errado é, mas é bom errar de vez em quando.
Arthur: Nesse caso, de vez em sempre. – Ela sorriu e ele a beijou novamente. –
Lua: Vamos embora daqui? Não agüento mais esses policiais me olhando como se eu fosse um monumento.
Arthur: Você é quase isso. – Ele disse olhando pro corpo ela e a fazendo gargalhar. Os dois pediram um taxi, mas ficaram esperando do lado de fora da delegacia, depois de saber o que foi dito pelo delegado Arthur não queria Lua ali dentro de forma alguma. O taxi não demorou muito a chegar e logo estavam em casa. Entraram de fininho, Meg não estava em casa, provavelmente estaria em mais um de seus infinitos plantões, ela havia se candidatado a passar mais horas no hospital desde que Arthur havia perdido o emprego de garçom por brigar com um cliente. O quarto de Mel estava trancado mais não parecia ter ninguém. –
Lua: Aonde essa louca se meteu?
Arthur: Quem se importa em onde a Mel está?
Lua: Ninguém?
Arthur: Ninguém. – Eles sorriram e se beijaram, foram andando a trancos e barrancos até chegar ao quarto de Arthur, ele a encostou na parede e assim ficaram se amassando, se tocando, sentindo um ao outro. Lua tirou a blusa dele devagar e colou seus lábios no pescoço já suado de Arthur, ela distribuiu vários beijos molhados por toda a região, às vezes descendo pelo peito dele enquanto arranhava de leve suas costas. –
Arthur: Você vai me deixar louco. – Ela riu e aproximou os lábios do ouvido dele e de uma forma sensual respondeu –
Lua: Quem disse que essa não é a intenção? – Ele apenas riu e a puxou pra mais perto, colando seu corpo no dela, mais uma vez selaram os lábios com um beijo longo, calmo e desesperado ao mesmo tempo. Era como a liberdade e o presídio ao mesmo tempo, se sentiam livres pra viver esse sentimento intensamente, mas ao mesmo tempo se sentiam presos por esse sentimento. –
Lua: O que é isso? – Ela perguntou enquanto ele se apossava de seu pescoço. –
Arthur: O que?
Lua: Isso, que a gente sente...
Arthur: Não sei... Só sei que é bom muito bom. – Ela sorriu e o puxou pra mais um beijo. Ela retirou o salto e logo ele estava deitado sobre a cama com ela por cima dele o beijando. As mãos dele estava sobre a bunda da loira por baixo do vestido, ela roçava sua intimidade na dele e gemia baixinho a fim de o provocar. Arthur se sentou e ainda com ela sentada sobre ele começou a beijar o pescoço dela e ir descendo com os beijos até aonde o vestido permitia, suas mãos já estavam na barra do vestido, pronto pra retirá-lo e o jogar bem longe quando ouviu vozes, uma muito conhecida... Outra nem tanto. –
Lua: O que foi isso? – Lua perguntou partindo o beijo. –
Arthur: Eu não sei. – Lua levantou e os dois saíram de fininho até a sala, Lua estava agarrada a um dos braços de Arthur, os dois completamente desgrenhados, com os buços marcados e o resto das roupas amassadas. Ok, Lua até que estava vestida, mas Arthur nem tanto. Ele acendeu a luz de supetão e recebeu dois olhares assustados. Um mais irritado do que assustado, Mel se agarrava sobre a mesa de jantar com um cara completamente desconhecido. –
Arthur: Que pouca vergonha é essa Melanie?
Mel: Eu não sabia que você estava em casa.
Arthur: É mais eu to.
Mel: Não enche ok?
XX: É cara, volta pra tua mina e deixa a gente em paz.
Mel: Não essa piranha não é mina dele... – Ela olhou pra Lua com um olhar ameaçador. –
Lua: Piranha? Eu vou te mostrar quem é a piranha sua vagabunda. – Lua partiu pra cima de Mel sendo que foi segurada por Arthur antes que sua mão encostasse em Mel. –
Arthur: Ai que você se engana querida irmã, A Lua é minha mina mesmo.
Mel: Ata, conta uma piada melhor.
Lua: Você é muito burra mesmo não é? O que você acha que nós estávamos fazendo sozinhos aqui antes de sermos estupidamente interrompidos?
Mel: Você realmente é uma vadia, mas também... Filha de peixe, peixinho é.
Lua: VOCÊ NÃO DISSE ISSO. – Ela conseguiu se soltar dos braços de Arthur e dessa vez a mão de Lua tocou o rosto de Mel, com força e precisão, uma, duas, três vezes até ser interrompida novamente por Arthur. –
Mel: É apenas a verdade, dói né?
Lua: Vai doer é a minha mão na sua cara sua vadia.
Arthur: Para Lua, não vale a pena. E você cara, ta fazendo o que aqui ainda? Vaza. – Ele foi pra cima e logo o carinha saiu pela porta deixando Mel furiosa. –
Arthur: E você vá pro seu quarto agora.
Mel: Você não manda em mim.
Arthur: MANDO SIM PORRA, VAI JÁ. – Ela engoliu seco e saiu pisando forte pro quarto. –
Lua: Ridícula.
Arthur: Isso mesmo, ela é uma ridícula então nem da bola pro que ela fala.
Lua: Estragou o clima. – Ela disse com um meio sorriso. –
Arthur: Vai haver outras oportunidades. – Ele disse rindo e arrancando uma gargalhada gostosa dela, e eles se beijaram não pela primeira vez e nem pela ultima naquela madrugada... -

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O recomeço: Cap 20

Narradora Observadora:
Assim que chegaram a delegacia Arthur foi colocado em uma cela sem nenhum aviso prévio, sem despedidas nem nada do tipo. Logo o delegado chamou o policial encarregado do caso para saber a porcentagem de álcool que foi detectado. Enquanto isso Lua se desesperava na sala de espera e quase afundava os botões do celular tentando ligar para a mãe de Arthur, sem êxito algum ela enxugou as lagrimas ajeitou os cabelos e o vestido e foi até o guarda.
Lua: Eu gostaria de falar com o delegado.
Policial: Eu vou vê se ele já está podendo atender. – Ele entrou na sala do delegado e depois chamou Lua, o delegado logo se aprumou na cadeira por ver uma jovem tão bonita. –
Lua: Bom, senhor... Juliano. – Ela disse lendo o crachá que ele tinha pendurado no pescoço. –
Lua: Eu gostaria de saber quanto é a fiança.
Juliano: Você não acha que é muito nova pra tratar desse assunto? Eu me sentiria mais confortável em tratar disso com alguém com mais de 20.
Lua: Com todo respeito, eu me sentira mais confortável se meu namorado não estivesse atrás das grades. Mas como isso não vai ser possível, eu só lamento ao senhor e a mim.
Juliano: Ok, você é pelo menos maior de idade?
Lua: Sim, tenho dezenove, senhor. – Ela disse entregando-o sua identidade. –
Juliano: Bom, senhorita Lua Maria. O senhor Aguiar foi pego no bafômetro infringindo a lei seca, o percentual de álcool dele foi de 0,5mg e diante da lei quando um cidadão atinge esse nível ele é detido o que já acontecerá e tem direito a uma fiança de 1.915,40 mais uma muita do mesmo valor, sem contar que a carteira do senhor Aguiar será suspensa por um ano e ele responderá um processo penal. Mas como não houve acidentes ou nenhum transtorno envolvido o processo penal será anulado do caso.
Lua: Eu posso pagar agora?
Juliano: eu me esqueci de dizer que o pagamento da multa e da fiança é a vista?
Lua: Sim o senhor esqueceu. – Ela disse passando a mão na testa. –
Juliano: Não se preocupe senhorita, assim que você pagar ele será solto.
Lua: Enquanto isso ele tem que dormir aqui?
Juliano: É a lei.
Lua: Eu posso vê-lo?
Juliano: Poder a senhorita não pode, mas abrirei uma exceção. Levem ela até a cela do senhor Aguiar. – Dois guardas a levaram até a cela e só de vê-lo Lua voltou a chorar, eles deram as mãos mesmo que existisse uma grade atrapalhando. –
Arthur: Quando vão me soltar?
Lua: Quando a fiança e a multa forem pagas.
Arthur: Quanto?
Lua: Se meus cálculos estiverem certos é 3.830,80 a vista.
Arthur: A vista???
Lua: É, eu... Sinto muito.
Arthur: Minha carteira foi detida?
Lua: Por um ano.
Arthur: Você conseguiu falar com a minha mãe?
Lua: Não, mas já sei como resolver. Confie em mim, você não chegará nem a dormir aqui.
Arthur: O que você vai fazer Lua?
Lua: eu vou pagar a sua fiança.
Arthur: Você não tem esse dinheiro Lua.
Lua: Eu não, mas minha mãe tem.
Arthur: Eu gostaria de poder dizer pra você não fazer isso, mas...
Lua: Você não pode. Eu vou até um caixa eletrônico 24 horas e vou sacar esse dinheiro.
Arthur: Lua nenhum caixa eletrônico saca essa quantia de uma vez.
Lua: Vai ter que sacar. Eu vou dá um jeito, não se preocupa. – Ela selou seus lábios ao dele e os dois engataram em um beijo calmo. –
Arthur: Obrigada.
Lua: Não agradeça, a culpa foi minha. – Eles se beijaram mais uma vez e Lua saiu, quando já estava na porta que separava as celas da delegacia ela gritou. –
Lua: Aguiar???
Arthur: Oie Lua...
Lua: Existe um “nós”. – Ela nem o deu chance de falar nada apenas saiu rápido e ligou pra um táxi, enquanto esperava o táxi tratou de ligar pra sua mãe, precisava avisar que iria sacar quase 4 mil reais de uma vez. –
Lua: Mãe, eu preciso que você fique calma.
Amanda: Você sabe que horas são aqui Lua?
Lua: Sei mãe, aqui também é de madruga. Eu vou ser rápida. Vou precisar sacar aproximadamente 4 mil reais, tipo agora.
Amanda: O QUE? VOCÊ TA LOUCA LUA MARIA?
Lua: Mãe, o Arthur foi preso.
Amanda: O QUE? ESSE MENINO NÃO TEM JEITO MESMO, É UM INCONSEQUENTE.
Lua: Mãe, a culpa não foi dele. Foi minha.
Amanda: O que você fez?
Lua: Mãe é uma longa historia e eu estou correndo contra o tempo. Eu só preciso que você entenda que é importante pra mim tirar ele dessa delegacia.
Amanda: Porque?
Lua: Porque eu acho... Eu acho que estou apaixonada por um inconsequente

O recomeço: Cap 19

Narradora Observadora:

Arthur tentou desconversar falando da blitz, mas Lua insistiu no assunto.
Lua: A gente tem todo o tempo do mundo, você vai me contar por bem ou por mal.
Arthur: Eu já disse, as nossas mães não vão gostar nadinha.
Lua: A minha mãe tem motivo pra não gostar. A sua não.
Arthur: Não vou cair nessa.
Lua: Cair em que?
Arthur: Você quer me fazer sentir culpado? Não vai funcionar não dessa vez.
Lua: Você é louco? Eu só to dizendo a verdade, minha mãe não ficaria nada satisfeita se quando chegasse ao Brasil eu estivesse com o filho da melhor amiga dela o qual também quase me deixou internada varias vezes.
Arthur: Ótimo, então o fato da gente não poder ficar junto é culpa minha? – Ela soltou uma gargalhada. –
Lua: Você é surdo? A gente não vai ficar junto, mas não é por causa das pessoas que estão envolvidas. A gente não vai ficar junto, porque não existe um “NÓS”.
Arthur: Ótimo, agora me deixa em paz. – Ele disse se afastando dela. –
Lua: DA PRÓXIMA VEZ, NÃO MENTE PRA MIM. – Ela gritou alto o bastante pra o deixar irritado. Ele voltou pra perto dela pisando fundo, seu rosto denunciava raiva, já o dela indiferença. Lua não era mais aquela garotinha amedrontada e Arthur iria começar a perceber isso. Os dois estavam bem perto, um encarando o outro, Arthur tinha os punhos fechados com força e ela tinha as mãos na cintura dando a ela um ar de superioridade. –
Lua: Ta esperando o que? Pode bater, não vai ser a primeira vez... E nem a ultima, covarde.
Arthur: Você é ridícula.
Lua: Serio? Nossa, acho que vou até chorar com essa ofensa.
Arthur: Eu disse ridícula? Eu quis dizer babaca.
Lua: É? E o que mais?
Arthur: Você nem merece o esforço. – Ele virou e foi pro outro lado do carro, ela riu alto e o olhou, mesmo que ele estivesse de costas. –
Lua: Até meia hora atrás, eu valia um esforço danado né Aguiar. – Ele virou e a encarou incrédulo. Ela apenas abriu a porta do carro pegou a bolsa e saiu andando como se na estivesse acontecendo. –
Arthur: Aonde você via idiota?
Lua: Não te interessa.
Arthur: Você vai ser assaltada.
Lua: Vai ser melhor do que ficar perto de você. Me erra Arthur. – Ela saiu completamente do campo de visão dele, e a culpa começou a consumi-lo, sem nem se importar com a blitz ele entrou no carro e foi a seguindo, ela andava devagar por conta do salto e vê um carro andando bem devagar acompanhando o andar de uma moça qualquer chamou a atenção dos policiais, logo mandam Arthur encostar perto de algumas viaturas, Lua parou incrédula. –
Policial: Documentos, por favor... – Arthur entrou-lhe os documentos que estavam todos em ordem. –
Policial: Algum motivo especial pra está seguindo aquela moça?
Arthur: Er... Ela é minha namorada e a gente brigou, ai ela saiu do carro e está tarde, eu não podia obrigá-la a entrar e nem deixá-la andando na rua sozinha há essa hora. - O policial apenas fez que sim com a cabeça e chamou Lua com uma mão, ela que antes estava congelada a alguns metros, respirou fundo e se aproximou do policial. –
Policial: A senhorita conhece esse rapaz?
Lua: Conheço... Infelizmente.
Policial: Bom, você me acompanha até o bafômetro? – Ele perguntou a Arthur, que gelou, as pernas tremeram, as mãos começaram a suar, a garganta secou e apenas um pensamento passava na cabeça dele e que por coincidência na cabeça de lua também... “Fodeu”
Ele saiu do carro e foi acompanhando o policial até o local onde estava o bafômetro. Fez o que tinha que ser feito e apenas olhava o aparelho assustado, depois de alguns apitos o aparelho detectou álcool no sangue de Arthur, mentalmente Arthur pediu a Deus para que não fosse preso. –
Policial: Então o rapaz andou bebendo? Apreende o carro dele Marcelo. – Ele disse falando com outro policial. Arthur olhou pra Lua, ela tinha o olhar preocupado. –
Policial: Vamos dar uma voltinha na delegacia? – Ele encostou Arthur em uma parede e o revistou, depois o algemou. –
Lua: Precisa mesmo disso?
Policial: Você vem também mocinha.
Lua: Eu??
Policial: Você estava com ele certo?
Lua: É, mas...
Policial: Se eu fosse você ia ligando logo pra mãezinha dele.
Arthur: É Lua, liga logo.
Lua: Ta... – Ela discou o numero de Meg, chamou, chamou e ninguém atendeu. –
Lua: Não atende. – O policial o empurrou pra viatura e os olhos dela encheram de lagrimas. –
Lua: Eu vou. – Ela entrou na viatura no banco de trás. –
Arthur: Continua tentando.
Lua: Desculpa...
Arthur: Depois, só liga.
Lua: Será que é mesmo preciso ele ir aí? – Ela disse falando com o policial que ainda estava fora do carro. –
Policial: Fica quieta, quem decide sou eu, não é você não patricinha.
Arthur: Olha como você fala com ela.
Policial: Awn, que meigo. Protegendo a namoradinha. – Lua chorava forte. –
Arthur: Não precisa chorar Lua, vai ficar tudo bem...
Policial: Eu vou deixar você ficar perto do seu namoradinho, patricinha agora para de chorar. – Ele tirou Arthur do “porta malas” e o deixou entrar no banco de trás com Lua, mesmo que ainda estivesse algemado. Lua o abraçou, encostando o rosto no seu peito e chorando mais forte. –
Lua: Desculpa, a culpa é minha.
Arthur: Não é não. Vem cá... – Como ele não podia puxá-la, ela apenas se aproximou do rosto dele e o beijou, as lagrimas dela ainda caiam, eles partiram o beijo assim que os policiais entraram na viatura. Ela continuou abraçada nele até chegar à delegacia. -

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O recomeço: cap 18

Narradora Observadora:
Estavam parados em uma fila quilométrica, em um drive de uma lanchonete.
Arthur: E quanto ao papo de me ajudar? – Ele disse a fitando serio. –
Lua: Acho que eu me enganei, não posso te ajudar. – Ela disse ainda olhando pela janela. –
Arthur: Fala isso olhando pra mim. – Ela respirou fundo e virou pra ele, eles ficaram olhando um no olho do outro por alguns estantes. –
Lua: Eu não posso te ajudar. – Ela disse com um ar de duvida bem notável. –
Arthur: Você me parecia bem interessada em me ajudar. – Ele disse chegando mais perto. –
Lua: Não faz isso, porra. – Ela disse se afastando bruscamente. –
Arthur: Fazer o que? Não fiz nada.
Lua: Para de jogar charme pra cima de mim.
Arthur: Charme? Cê ta louca? – Ele disse rindo. –
Lua: Não, eu não to louca. Você fica jogando charminho, falando mansinho, se aproximando e me olhando com esses olhos... Apenas pare de fazer isso.
Arthur: Porque eu devo parar? – Ele falou manso. –
Lua: Arthur... Isso, não pode acontecer entendeu?
Arthur: Isso? Isso o que?
Lua: Isso, nós dois... Não sei o nome disso, mas você me entendeu.
Arthur: É, eu entendi.
Lua: Pois é, isso não pode acontecer e eu sei que já disse isso outras vezes, mas agora é serio. Isso não pode acontecer.
Arthur: Tarde demais.
Lua: Como assim?
Arthur: Já aconteceu Lua, não tem como voltar atrás e pra ser sincero, mesmo que desse eu não voltaria.
Lua: Para de falar isso.
Arthur: É a verdade. Se você voltaria no tempo, ok. Mas eu não voltaria.
Lua: Eu não voltaria. – Eles ficaram em silencio por uns estantes até a fila andar um pouco e ele ter que prestar atenção no “transito”. –
Arthur: Olha, eu entendo... Eu realmente entendo os seus motivos.
Lua: Não, não é o que você ta pensando. Eu não vou mentir que influencia, mas é só que... Você é errado pra mim e eu sou errada pra você, nós dois... É muito errado.
Arthur: Eu sei, não é só pra você que eu sou errado. – Lua ficou calada, se sentia mal, porque na verdade ela sabia que ele não era errado, ela era, ela tinha um medo absurdo, ela não sabia lidar com mudanças ou coisas desconhecidas, sentimentos desconhecidos, o problema em si era ela não ele. Ficaram em silencio por mais algum tempo até ela virar bruscamente em direção a Arthur, que se assustou com a agitação da mesma e acabou virando em sua direção, quando menos percebeu Lua estava o beijando, foi como um impulso, o beijo era calmo como nunca fora, eles não tinha pressa nem medo, apenas buscavam sentir um ao outro, continuaram assim até a fila voltar a andar e os obrigarem a se separarem. Lua voltou a olhar pela janela e enquanto fazia o pedido Arthur só tentava entender o que se passava na cabeça dela. Já haviam saído do restaurante e estavam voltando pra casa até avistarem uma blitz de longe. Arthur rapidamente entrou em uma rua sem saída fazendo Lua se assustar, já que a mesma se encontrava fora da terra. –
Lua: O que foi isso?
Arthur: Uma blitz.
Lua: Mentira, e agora?
Arthur: A gente vai ter que esperar.
Lua: Você bebeu tão pouco, será que pega?
Arthur: Pega, eu bebi duas doses de vodka.
Lua: Puta merda.
Arthur: A gente vai ter que esperar eles irem embora.
Lua: Pede um taxi e deixa o carro aqui.
Arthur: Cê ta louca? Nunca que vou deixar meu carro nesse fim de mundo. – Realmente a rua em que eles pararam era bem estranha. –
Lua: Eu vou avisar pro pessoal que tem blitz por aqui. – Ela saiu do carro e ligou pra Laura e avisou sobre a tal blitz. –
Arthur: Eu acho melhor eu pedir um taxi pra você.
Lua: O que? Claro que não, você vai ficar aqui sozinho?
Arthur: E o que é que tem?
Lua: Muita coisa.
Arthur: muita coisa tem você ficar aqui, é perigoso.
Lua: Mais perigoso vai ser se você ficar aqui sozinho, eu não vou embora ok?
Arthur: Teimosa.
Lua: Sou teimosa mesmo. – Ela disse emburrada e o mesmo soltou uma risadinha baixa. O tempo ia passando e de meia em meia hora eles iam até a esquina vê se a blitz ainda estava por lá. Comeram, jogaram pedra, papel e tesoura, guerra de dedão, adedonha sem papel, fizeram de tudo para passar o tempo, menos conversarem sobre o beijo. –
Lua: Vai, pode perguntar. – Ela disse quando os dois ficaram longos estantes em silencio e sem nada pra fazer. –
Arthur: Quem disse que eu quero perguntar alguma coisa? – Ele se fez de desentendido. –
Lua: A sua cara.
Arthur: Ta, eu não quero perguntar nada, mas eu quero ajuda pra entender, quer dizer te entender. – Ele disse serio e ela riu. –
Lua: Não é difícil me entender.
Arthur: Não? Primeiro você diz que pode me “ajudar” depois você diz que não pode rolar nada entre a gente ai depois você me beija. Se isso não é difícil de entender eu não sei o que é.
Lua: Ta, realmente é meio complicado sim.
Arthur: Me explica então.
Lua: Explicar o que?
Arthur: O que passa na sua cabeça ué.
Lua: Aah Arthur, é complicado. Eu sou o tipo de pessoa que não se prende a ninguém, eu gosto de ser livre, gosto de ficar, ficar e só. Só que é diferente quando a gente ta junto, eu não sei o que rola, mais sei que não pode acontecer, nós dois somos como água e fogo, não da liga sabe?
Arthur: Eu não vou dizer que te entendo, porque eu não entendo. Mas respeito tudo isso, em uma coisa você ta certa. Nunca daria certo. A gente iria arrumar muitos problemas.
Lua: interiores? Com toda certeza.
Arthur: Não Lua, problemas exteriores. Tem muita gente envolvida nisso, muita gente sairia machucada.
Lua: Agora quem não ta fazendo sentido é você. Eu sei que a Mel é problemática em relação a isso, mas eu acho que...
Arthur: Não é só a Mel que vai discordar disso. – Ele disse interrompendo-a. –
Lua: Ah é, e quem mais ficaria machucado com tudo isso?