Narradora Observadora:
Arthur e Lua já estavam prontos, apenas esperavam os
amigos chegarem já que partiriam todos juntos. Arthur parecia um pouco
irritado, ambos sentados em uma ponta do sofá olhando pra lugares diferentes,
até enfim as meninas chegarem, todas duas lindas assim como Lua.
Lua:
Laura:
Sophia:
Sophia: Você ta maravilhosa Lu.
Lua: Você também ta de matar.
Laura: E eu gente?
Lua: Ta muitooo gostosa Lau. – Ela disse rindo. –
Sophia: Oie Arthur, tudo bem? – Ela disse irônica pelo
fato dele não ter cumprimentado nenhuma das duas. –
Arthur: Oi Sophi,
oi Lau.
Laura: Oie, pelo visto tem alguém de mal humor né?
Lua: Ele é bipolar sabe?!
Arthur: Se eu sou bipolar ou não o problema é meu. –
Ele disse arrogante e a encarando com um ar de superioridade. -
Lua: Não fala assim comigo, ta pensando que é quem? –
Ela deu alguns passos na direção dele furiosa, ele ficou calado, surpreso, era
bem estranho pra ele vê alguém peitá-lo daquela forma, ainda mais ela, que a
alguns anos chorava de medo dele. –
Sophia: Chega, vamos Lua.
Lua: Eu vou, vou porque não vai ser esse babaca que vai
estragar minha noite. Mas vou deixar uma coisa bem clara pra você, eu não sou
mais aquela garotinha que tremia só de te ouvir falar, você não me põe mais
medo, e não vai passar por cima de mim de novo. – As três saíram do apartamento
deixando Arthur imóvel, pasmo, a vontade de ir naquele luau havia simplesmente
desaparecido, mas a imagem de Lua se pegando com vários caras o deu gás, saiu
do apartamento e quando chegou a garagem encontrou os amigos discutindo quem ia
no colo de quem. –
Arthur: Quem quer vir no meu carro?
Chay: Opa, partiu. – Logo já estavam estacionando perto
da praia aonde aconteceria o tal luau. –
Lua: Já to vendo muitos gatos. – Ela disse olhando em
direção da fogueira. –
Sophia: Oba, vamos logo.
Chay: Deixem de ser desesperadas.
Lua: Deixe de se incomodar.
Chay: Me incomodo mesmo, meus ouvidos não são penicos.
Sophia: Muito engraçado, nossa, to chorando de rir. –
Ela disse seria. –
Laura: Vamos logo caralho. – Lua e Sophia iam na frente
e Chay e Mica iam debochando o jeito de andar delas até chegarem perto de onde tava
acontecendo o luau, não tinha muita gente, a fogueira estava na areia, mas a
festa estava ocorrendo em um lugar forrado que ficava bem próximo da areia.
Logo os amigos de Mica se aproximaram. –
Mica: Iae manos. – Ele disse enquanto abraçava cada um
de seus amigos. –
Mica: Bom, esses são meus convidados... Sophia, Lua,
Laura, Chay e Arthur. – Ele disse enquanto ia apontando pra cada um, lógico que
Sophia e Lua os cumprimentaram mole, eles eram lindos de morrer. –
Mica: Gente, esses são Daniel, Gabriel e Diego. – Ele
os apresentou e os rapazes sorriram meigos pras meninas. –
Daniel: Bom, a festa é de vocês.
Gabriel: É, tem muita bebida, comida e muita gente
bonita. – Ele disse olhando pra Sophia que sorriu envergonhada. –
Diego: Espero que se divirtam.
Lua: A gente vai, pode ter certeza que sim. – Ela disse
olhando pra Daniel, claro que o rapaz notou e correspondeu o olhar com a mesma
intensidade. –
Laura: Bom amor, vamos né?
Mica: Vamos. – Eles deram as mãos e entraram. –
Gabriel: Me da à honra? – Ele perguntou a Sophia, a
mesma assentiu e segurou no braço do rapaz e logo os dois saíram deixando apenas
Daniel, Lua, Arthur e Chay. Daniel apenas estendeu à mão na direção de Lua a
mesma sorriu e sem nem olhar pra trás seguiu com o rapaz para festa, Chay fez
uma cara de “to indo nessa” e seguiu, também sem olhar pra trás, e Arthur ficou
lá, se amaldiçoando por não ter ficado em casa. –
Já na festa...
Mica: Cadê cara? Não pegou ninguém ainda?
Arthur: A festa mal começou.
Mica: Se você ficar com essa cara vai sair no zero a
zero.
Arthur: Eu só não to animado.
Mica: Iiiiih já vi que as coisas estão piores do que eu
imaginava.
Arthur: Acho melhor eu ir embora. – Ele disse ao ver
Lua e Daniel se agarrando no meio da pista de dança. –
Mica: Não, você vai beber uma dose de tequila e se
acalmar.
Arthur: Uma dose de tequila não vai me acalmar Mica, é
melhor eu ir antes de fazer merda.
Mica: Você vai mesmo deixar ela sozinha? – Ele disse o
testando, Arthur ficou em silencio por longos minutos, olhou em volta vendo
Sophia agarrada em Gabriel e Chay agarrado a uma morena desconhecida. –
Arthur: Você pode tomar conta dela.
Mica: Acho que eu vou está meio ocupado. – Ele disse olhando
pra Laura que agora retornava do banheiro. –
Laura: Nossa Arthur, ainda sozinho?
Arthur: É, sem clima pra festa.
Laura: Aquela mina ta de olhando. – Ela o mostrou disfarçadamente,
ele a olhou não tão discreto assim. Mica puxou Laura pra um canto quando viu a
garota se aproximar, ela era realmente linda, pele morena, cabelo castanho
claro com as pontas descoloridas, usava um short curto e uma blusa mostrando a
barriga, tinha um corpo incrível, qualquer cara gostaria de ficar com uma
mulher daquela, mas acho que Arthur não era qualquer cara. –
XX- O que um gato como você ta fazendo sozinho?
Arthur: Ér, eu não to sozinho.
XX- Eu não to vendo ninguém aqui.
Arthur: Minha namorada foi no banheiro, foi mal. – Ela fez
uma cara de “to pouco me fodendo” e saiu. Arthur ficou mais um tempo parado até
observar Lua se despedindo do tal Daniel. Antes de ir pra onde Arthur estava
ela simplesmente puxou Sophia dos braços de Gabriel. –
Lua: Essa festa ta um saco.
Sophia: Eu estava achando interessante a 2 minutos
atrás, antes de ser bruscamente arrancada do meu boy.
Lua: Por favor, Sophia, aquele cara não da conta nem de
uma guria virgem, você acha mesmo que ele vai dar conta logo de você?
Sophia: Como assim “logo de você”?
Lua: Porque você é mais fogosa do que eu a Lau e todas
essas mulheres juntas.
Sophia: Você sabia que calunia é crime?
Lua: Ta, ta. Eu quero ir embora.
Laura: O que? – Ela disse pegando apenas aquela parte
da conversa, já que estava em outro canto se agarrando com Mica. –
Lua: É, essa festa ta um saco.
Mica: Puta que pariu, será que ta todo mundo de mal
humor hoje?
Lua: Não é mal humor, eu só não to afim de ficar
aqui.... Pera ae, você disse todo mundo?
Arthur: Eu também não to nem um pouco a fim de ficar
aqui.
Lua: Ah sério? Você não me parecia incomodado quando
aquela piranha veio falar com você.
Arthur: Piranha? Você ta com ciúmes Lua?
Lua: CIÚMES? Nossa senhora, como você é engraçado
Aguiar. – Ela disse forçando uma gargalhada estrondosa. –
Lua: Eu apenas conheço uma piranha a quilômetros, e
aquela gartoa definitivamente era uma.
Arthur: Ok, se você ta dizendo. – Ele disse rindo
baixinho. –
Lua: Enfim, eu quero ir embora quem vem comigo?
Laura: Ah não amiga, aqui ta ótimo.
Sophia: Também to amando Lu.
Arthur: Eu já ia mesmo, se você quiser vir.
Lua: Ta, fazer o que né. – Ela se despediu de todos,
menos de Chay que ainda estava atracado com a mesma garota, Arthur também se
despediu de todos e quando foi se despedir de Mica o amigo o alertou. –
Mica: Não faça nada que nos traga problemas. – Arthur assentiu
disfarçadamente e saiu lado a lado com Lua. Os dois foram andando até o carro o
caminho todo em silencio, entraram e Arthur suspirou. –
Arthur: Ér, eu tava pensando em passam em algum
restaurante 24 horas, o que você acha.
Lua: Por mim...
Arthur: Ér, Lua... Você me desculpa por hoje mais cedo?
– Ela o olhou nos olhos como se esperasse ouvir mais dele. –
Arthur: Eu não sei por que eu te tratei assim, eu tava de
mau humor e não devia ter descontado em você, desculpa, de verdade.
Lua: Tudo bem Arthur.
Arthur: Serio?
Lua: Serio ué, você errou, pediu desculpas e eu
aceitei. Simples assim... Agora para de me olhar assim e dirige. – Ele riu e
ligou o carro, assim que pararam em um sinal o silencio foi cortado. –
Arthur: Obrigada, serio valeu.
Lua: Você não acha que eu já te desculpei por coisa
pior não? – Ela disse rindo. –
Arthur: Acho não, tenho certeza. E por isso que eu
estou agradecendo, acho que você foi a primeira pessoa a me perdoar de verdade.
Lua: É, esse é o meu defeito. Eu realmente acredito na
mudança das pessoas.
Arthur: Você acha que eu posso mudar? – Ela o encarou
nos olhos e disse com certeza. –
Lua: Eu sei que existem ótimas qualidades dentro de
você. Basta você descobrir.
Arthur: Você me ajuda? – Ele disse aproximando o rosto
do dela. –
Lua: Ajudo. –Existia apenas meio milímetro de distancia
entre os lábios deles quando o sinal abriu e os carros de trás começaram a
buzinar impacientes. –