quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O recomeço: Cap 25

POV Lua:
Eu fiquei muda, completamente sem fala. Saiam múrmuros, apenas.
Arthur: Diz alguma coisa, pelo amor de Deus.
Lua: Na na na namorar?
Arthur: é Lua, namorar. – Ele já estava impaciente. Entendo, já era a quinta vez que eu repetia a mesma pergunta. –
Arthur: Você só precisa me dizer, sim ou não.
Lua: Na-não é simples assim. – Eu não conseguia pronunciar uma frase sem gaguejar. Meu Deus, porque isso agora? –
Arthur: Claro que é. Lu, eu vou ser sincero. Eu posso não saber ainda denominar o que eu sinto por você, mas eu sei. Eu sinto que é uma coisa forte, uma coisa que eu sei que nunca vou sentir por ninguém e eu quero mais do que um lance, eu quero você pra mim entendeu? Minha. Eu quero cuidar de você, o quanto der, o quanto quiser.
Lua: Eu... Eu não sei o que falar. – Ele se aproximou e passou a mão delicadamente no meu rosto fazendo um carinho gostoso que me fez fechar os olhos e até esquecer a confusão que se passava em minha cabeça. Ele encostou seu nariz no meu, me fazendo sentir sua respiração próxima a minha. Em uma coisa ele estava certo, era forte. Muito forte. –
Arthur: Diz pra mim, você quer ser minha? – Ele disse baixinho ainda com as mãos no meu rosto. Abri os olhos e lá estavam eles, o par de olhos mais lindos que eu já havia encarado. Era tão estranho olhar pra ele e sentir uma paz, quando na verdade Arthur Aguiar sempre fora meu inferno. Estava mais do que na hora de me livrar daquele passado. –
Lua: Diz pra mim, você quer ser meu? – Ele sorriu, e depois de quatro anos eu estava em casa. Ele era meu lar, e eu vou ser sincera, não acredito em almas gêmeas ou frutas pela metade, mas eu acho que a gente se pertence de alguma forma. Ele me beijou, e foi o melhor de todos. –
Arthur: Sabe aquele ditado?
Lua: Qual?
Arthur: Que a pessoa errada sempre funciona melhor?
Lua: Pra mim, errado com errado acaba em putaria.
Arthur: Você tem que arruinar com o meu momento romântico. – Eu gargalhei e ele me calou com um beijo, o melhor de todos. Eu sei que eu já falei isso, mas é que porra eram mesmo os melhores beijos do mundo... E veja só, eram só MEUS. –
Narradora Observadora:
O dia foi passando, dando espaço pra mais uma noite. Arthur estava deitado em sua (não tão sua) cama depois de um banho relaxante. Lua agora se apossava do chuveiro, ela cantava uma musica qualquer e ele ria ouvindo a voz completamente desafinada dela, e acreditem se quiser ele adorava... Ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha e com outra nos cabelos, sorriu sem entender o porquê do riso dele. –
Arthur: Você canta muito bem. – Ele disse rindo. –
Lua: Você é ridículo. – Ela disse vermelha de vergonha e ele gargalhou. –
Arthur: To falando serio pow, uma diva.
Lua: Vá a merda Thur.
Arthur: “Thur”... Adoro esse apelido saindo da sua boca. – Ele disse olhando pro teto, como se falasse consigo mesmo. –
Lua: Thur...Thur...Thur...Thur e Thur. – Ela repetiu várias vezes, bem devagar enquanto subia na cama de quatro, ficando por cima dele. Ela já estava vestida, com trajes curtos. Mas vestida. Uma blusa de banda velhinha que ia até a metade da coxa dela e uma calcinha shorts. –
Arthur: Eu poderia ficar ouvindo a tua voz o dia inteiro. Todos os dias.
Lua: Não se preocupe, eu não faço o tipo calada. – Ele riu e ficou por cima dela. –
Arthur: Você tem resposta pra tudo não é mocinha?
Lua: Aham.
Arthur: Quero vê quando não tiver.
Lua: Quando não tiver eu te beijo, quer resposta melhor que essa? – Ele riu e aproximou o rosto do dela. –
Arthur: Não mesmo. – Ele a beijou, mas o beijo não durou muito. Eles cessaram ao ouvir a mãe de Arthur gritando um “Cheguei crianças”, ele revirou os olhos e ela riu. Os dois saíram e ela estava cheia de compras. –
Meg: Sua mãe ligou Lu.
Lua: Foi?
Meg: Aham,passei o dia todo na faculdade e assim que voltar as aulas você começa na faculdade do Thur.
Lua: Nossa, vocês conseguiram mesmo a transferência.
Meg: O diretor gosta muito de mim.
Arthur: É, eu tive que aturar minha mãe de caso com o meu diretor, acredita?
Lua: Olha aí, tia Meg pegadora.
Arthur: Nada disso.
Meg: Não fala isso nem brincando que o Thur é ciumento.
Lua: A você é ciumento? – Ela disse surpresa. –
Arthur: Muito, o que é meu é só meu.
Lua: Ata. – Ela disse rindo. –
Meg: Cadê a Mel?
Arthur: Não sei, mas a senhora nem acredita. Ela conseguiu o meu estagio.
Meg: Serio? Como?
Arthur: Parece que ela ta ficando com o filho do dono do laboratório.
Meg: Eu ouvi dizer que ele é um bom garoto.
Lua: Nem tanto. – Ela disse baixo. –
Meg: O que vocês querem comer no jantar?
Arthur: Não precisa se incomodar mãe, a gente vai sair.
Lua: Vai?
Arthur: Vai.
Meg: Vocês estão tão estranhos.
Lua: Como estranhos?
Meg: Tipo adolescente quando começa a namorar e quer esconder dos pais.
Arthur: Co-como assim?
Meg: Eu fiz muito isso, parece. – Ela disse não dando muita atenção pro nervosismo dos dois. –
Lua: Pois é, mais a situação ta mais difícil do que a senhora imagina.
Meg: Impossível, deve ter uma fila de garotos doidos por você.
Arthur: Más não têm né? A gente tem que se arrumar mãe, beijo. – Os dois entraram e Lua não agüentou a risada. –
Arthur: Mãe é um bicho muito louco.
Lua: E a gente vai pra onde?
Arthur: Você pode escolher.
Lua: Serio? – Ela disse maliciosa colocando os braços em volta do pescoço dele e ele riu, riu alto. –
Arthur: Serio.
Lua: Você conhece algum motel bom? – Ele voltou a rir e fez que sim com a cabeça. –
Lua: Ótimo.
Arthur: Mais a gente tem que comer antes, porque eu to pra morrer de fome.
Lua: Sempre com o mendigo no estomago né?
Arthur: Sempre.  – E mais uma vez eles se beijaram. -

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